Pet
Pesquisa indica perfil de agressor e abandonador gaúcho
Homens entre 20 e 40 anos estão entre os mais identificados como agentes de agressão e abandono de animais no RS
Uma pesquisa realizada durante sua graduação em Direito, na Faculdade Estácio-RS, a médica veterinária Gisele Kronhardt Scheffer buscou identificar o perfil do agente agressor e abandonador de animais no Rio Grande do Sul, assim como suas principais motivações e características dos crimes praticados. A partir dos dados levantados, foi possível constatar que a maior parte dos entrevistados detectou o agente agressor/abandonador como homem, de 20 a 40 anos.
Em relação ao abandono, o estudo aponta que os cães são os animais que mais sofrem, sendo atendidos por 88% dos casos, enquanto menos de 7% se manifestaram quanto ao atendimento a gatos e outras espécies. Entre as motivações, doença, velhice e ferimento estão entre as mais identificadas, respectivamente. Porém, prenhez, comportamento indesejado, deficiência, matriz descartada, compra por impulso e até a "simples" perda de interesse foram percebidos pelos entrevistados.
Já na coleta de dados sobre os maus-tratos, foi observado que a maioria atendeu animais domiciliados (56,3%), enquanto 37,7% relatou casos de oriundos de rua. Também foi possível perceber o tipo de agressão mais praticado por gênero. Entre os homens, a violência mais comum é o espancamento (63,3%), seguido de privação de atendimento veterinário (62,8%) e acumulação de animais (49,3%). Enquanto, entre as mulheres, é mais frequente a acumulação de animais (64,2%), seguida de privação de atendimento veterinário (61,9%) e privação de água e alimento (41,0%). Os questionários apontaram reconhecer 75% dos perfis como gênero masculino e 25% como feminino.
Negligência
A maior motivação identificada nas agressões foi "negligência ou ignorância em relação ao bem-estar do animal" (69,6%). Porém, foram indicadas, ainda, motivações como "o animal foi desobediente" (28%), "o animal mordeu ou ameaçou o autor ou um familiar" (20,1%), "o animal pertencia a um desafeto do autor" (19,1%), "surto de embriaguez/drogadição do autor" (16,2%) "briga em família, com agressão a pessoas e ao animal" (13,7%), dentre outras.
Saiba mais
No estudo do abandono, a pesquisa qualitativa contou com um universo de 380 questionários preenchidos por médicos veterinários, protetores e ONGs do Rio Grande do Sul. Já a temática dos maus-tratos foi trabalhada a partir de uma base de 280 questionários respondidos apenas por veterinários. Atualmente, Gisele conduz uma pesquisa nacional sobre o tema. Médicos veterinários de todo o Brasil podem responder a pesquisa através do site https://bit.ly/2Z9SLIm. Já ONGs e protetores podem acessar o questionário pelo site https://bit.ly/2Mjo15S.
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