O deputado Luiz Henrique Viana (PSDB) protocolou na Assembleia Legislativa projeto de lei para incluir o pêssego e seus derivados no cardápio da merenda escolar da rede pública estadual de ensino. Se a proposta virar lei, a projeção do Sindicato da Indústria de Doces e Conservas Alimentícias de Pelotas (Sindocopel) é de um aumento de 7% em produção e geração de empregos, além do consequente incremento financeiro. Em Pelotas, na manhã desta terça-feira (7), proposta semelhante foi apresentada na Câmara pelo vereador José Paulo Benemann (PSDB) e é focada no pêssego em calda.

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a produção anual na região de Pelotas compreende cerca de 60 mil toneladas de pêssego, sendo que 50 mil toneladas são usadas pela indústria. Segundo a Embrapa, o Rio Grande do Sul é o maior produtor da fruta no país, com uma área de 13 mil hectares de pomares. A produção gaúcha representa 40% de toda a produção nacional e a maior concentração de área plantada está distribuída em duas regiões: Zona Sul (pêssego para indústria) e Serra (para consumo fresco). Mas o principal polo está localizado no Sul gaúcho, numa área que compreende 13 municípios, com destaque para Pelotas, Canguçu, Piratini e Morro Redondo. "Precisamos fortalecer uma cadeia produtiva tão expressiva no Rio Grande do Sul, como é a do pêssego, e também valorizar os pequenos produtores", destaca Viana.

Para o presidente da Sindocopel, Paulo Crochemore, a proposta é muito bem-vinda: "O pêssego em calda na merenda escolar representará mais um importante caminho para o escoamento de nossa produção", considera. Já o presidente da Associação dos Produtores de Pêssego da Região de Pelotas, Mauro Scheunemann, que representa cerca de 1,3 mil agricultores, avalia que, uma vez em vigor, a proposta possibilitaria uma maior divulgação da cultura do pêssego. "Muitas famílias poderiam virar consumidoras da fruta influenciadas pelos estudantes", estima.

As propostas agora passam a tramitar pelas comissões.