Eleições 2018
Presos provisórios da Perg irão às urnas
No PRP, a falta de infraestrutura, de segurança e de servidores impede a realização do pleito
Carlos Queiroz -
A Penitenciária Estadual de Rio Grande (Perg) é a única da zona sul que irá possibilitar que presos provisórios tenham acesso às urnas no próximo domingo. As demais cadeias da região - Canguçu, Camaquã, Santa Vitória do Palmar e Pelotas - não irão realizar votações devido à falta de infraestrutura ou por não terem atingido o número mínimo de 20 detentos provisórios, conforme resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Caso contrário, o voto só é possível se o detento interessado em votar estiver em liberdade no dia das eleições. Se não, ele poderá justificar o voto por causa da ausência.
No Presídio Regional de Pelotas (PRP), a diretora da Unidade, Fabiane Gomes, informou que as eleições não serão realizadas por conta da segurança e da falta de agentes penitenciários para realizar a fiscalização. De acordo com ela, a medida já havia sido tomada com a 5ª Delegacia Penitenciária Regional e o antigo administrador do PRP. Em Santa Vitória do Palmar, o presídio não atingiu o mínimo de presos provisórios para realizar votação.
No domingo, a partir das 8h, dos 227 detentos provisórios da Perg, cerca de cem irão participar do pleito, por conta da documentação necessária e atribuições da Justiça Federal. As urnas serão instaladas dentro da Penitenciária, em salas apropriadas para receber uma seção eleitoral com garantia de sigilo do voto. O deslocamento dos presos dentro da unidade prisional até o local da votação é de responsabilidade dos agentes prisionais. Os servidores da administração e serviço social irão atuar como mesário no dia das eleições, e a maneira como os detentos têm acesso às campanhas eleitorais dentro das cadeias é atráves de rádio e televisão.
Para Luiz Antônio Chies, professor da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), a iniciativa da Perg representa avanço e exemplo de compromisso com a cidadania. “O que a Penitenciária de Rio Grande está fazendo deveria ser realizado por todos os presídios. É um caminho que identifica a pessoa como parte de um povo”, comentou.
No Estado, 11 estabelecimentos prisionais terão urnas e cerca de 11 mil presos provisórios deverão exercer o direito previsto na Constituição Federal.
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