Identificação

Prevenção a partir de exames

As coletas são realizadas todas as segundas-feiras, a partir das 13h, no ambulatório do Campus Franklin Olivé Leite

Divulgação -

Há sete anos a Universidade Católica de Pelotas (UCPel) disponibiliza para gestantes um exame que identifica a bactéria “Estreptococo do Grupo B”. Desenvolvido por acadêmicos da área da saúde, a prática extensionista já alcançou cerca de 750 gestantes. O projeto “Avaliação da Colonização do Estreptococo do Grupo B em Gestantes Atendidas nos Laboratórios de Pré-Natal da UCPel” visa prevenir contaminações no bebê. 

O grupo, coordenado pela professora Cristina Fabião, oferece coleta e análise do exame, que é feito em mulheres no último trimestre da gestação. Conforme explica a docente, as gestantes que realizam o pré-natal no ambulatório do Campus Franklin Olivé Leite e nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) administradas pela UCPel são encaminhadas para o projeto. 
O “Estreptococo do Grupo B” é uma bactéria normal no intestino de todos os seres humanos e que, por contato, passa do aparato intestinal ao genital. A infecção não apresenta sintomas específicos e pode estar presente nas gestantes como colonizadora – mesmo instalada no corpo não causa danos para a mulher. Porém, na hora do parto pode ser transmitida para o recém nascido, causando doenças como meningite e infecção generalizada.
A coordenadora explica que realizar o exame é uma questão de prevenção. As gestantes que forem identificadas com a bactéria passarão por um tratamento profilático através de uma dose de antibiótico na hora do parto. “Identificamos na carteirinha da gestante o resultado do exame e na hora do nascimento o obstetra realiza a medicação”, completa. 
As coletas começaram em 2008, através da dissertação de mestrado da docente, desenvolvida na UCPel. Mas foi em 2011 que a prática se tornou projeto de extensão. Até então, 746 gestantes já foram atendidas pelo grupo e 147 delas apresentaram resultados positivos. “Esses dados foram determinantes para facilitarmos o exame”, informa. Cristina ainda destaca que poucos laboratórios oferecem essa avaliação de forma gratuita. Além disso, o grupo se desloca até o ambulatório para realizar as coletas nas gestantes atendidas no local, oferecendo mais essa facilidade.  
Para a acadêmica do 4°ano de Medicina e bolsista do projeto há um ano e meio, Júlia Zambonato, o principal diferencial da extensão é o acesso ao exame. “A maioria das gestantes que passam pelo ambulatório estão em situação de vulnerabilidade social, então é gratificante disponibilizar a análise”, conta. Outro ponto destacado pela aluna é a oportunidade de estar mais próxima da comunidade. “É mais um momento que podemos estar acompanhando o paciente. Além disso, é uma prática valiosa para o nosso currículo”, explica.
Daiane Araújo está na 29°semana de gestação e ainda não pode realizar a coleta, mas ficou sabendo do projeto na última consulta. “É muito importante saber que a Universidade nos oferece esse serviço”, destaca. A gestante realiza o pré-natal no ambulatório desde março, e em setembro será encaminhada para efetuar o exame. 
Hoje, o projeto conta com 20 acadêmicos dos cursos de Medicina, Enfermagem e Farmácia. Os estudos já renderam apresentações de TCC, premiações no Salão Universitário da UCPel, apresentações em congressos e publicações de artigos.
As coletas são realizadas todas as segundas-feiras, a partir das 13h, no ambulatório do Campus Franklin Olivé Leite.

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