Pesca responsável

Projeto Pinípedes do Sul pesquisa interação entre mamíferos marinhos e a pesca

A coleta de dados do grupo de focas, leões e lobos-marinhos e das tartarugas é fundamental para o ciclo de vida desses animais

Divulgação -

O Projeto Pinípedes do Sul realizou seu sétimo embarque nas frotas de arrasto de parelha "Rota do Mar III e IV", com a proposta de coletar dados sobre a interação dos pinípedes (grupo de mamíferos marinhos que inclui as focas, leões e lobos-marinhos) e de tartarugas marinhas no sul do Brasil com a pesca. A observadora de bordo, Suzana Paz passou duas semanas embarcada em águas próximas à divisa com o Uruguai.

Com uma tripulação de sete pescadores, foram realizados 41 lances de pesca, sendo que em 80% ocorreu interação com pinípedes, todos da espécie leão-marinho-do-sul (Otaria flavescens). Em um dos lances, também houve a captura acidental de uma tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta) viva, a qual foi reconduzida ao mar.

De acordo com Susana, “as coletas de dados realizadas nos embarques do Projeto são fundamentais para o desenvolvimento de pesquisas sobre a influência das variações climáticas nas pescarias de arrasto de parelha, o ciclo de vida dos pinípedes e tartarugas marinhas, assim como a ecologia comportamental das espécies”.

O oitavo e último embarque do projeto iniciou em abril e está sendo realizado pelo observador de bordo Arian Larroque. Após a finalização desta etapa de coleta de dados, os observadores, juntamente com os demais colaboradores da equipe técnica do Nema, produzirão textos científicos que poderão alicerçar o desenvolvimento de políticas públicas relacionadas à realização da pescaria de arrasto de forma responsável. Além disso, poderá contribuir para a implementação de medidas que visem à redução da mortalidade de pinípedes, aves e tartarugas marinhas no litoral do Rio Grande do Sul.

A realização dos embarques foi possível devido aos contatos realizados pela equipe técnica do projeto na Sala do Pescador, um espaço localizado no armazém A-5 do Porto Histórico de Rio Grande que facilita a comunicação com as dezenas de pescadores industriais que atracam diariamente na localidade. Os atendimentos realizados nesse espaço ainda proporcionam a troca de experiências e o diálogo sobre medidas de pesca responsável. A sala é fruto de uma parceria consolidada com a Superintendência do Porto do Rio Grande.

Aves oceânicas
No embarque, também foi possível registrar a presenta de aves como o albatroz-de-nariz-amarelo (Thalassarche chlororhynchos), albatroz-de-sombrancelha (Thalassarche melanophris), pardela-preta (Procellaria aequinoctialis), pardela-de-óculos (Procellaria conspicillata), bobo-grande-de-sobre-branco (Puffinus gravis), bobo-de-cabo-verde (Calonectris edwardsii), mandrião-parasítico (Stercorarius parasiticus), mandrião-de-cauda-comprida (Stercorarius longicaudus), tesourão (Fregata magnificens), Trinta-réis-de-bico-vermelho (Sterna hirundinacea), Trinta-réis-boreal (Sterna hirundo) e alma-de-mestre (Oceanites oceanicus).

Sobre o Projeto:
O Pinípedes do Sul, que tem o patrocínio da Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, objetiva reduzir as ameaças à conservação das espécies de Pinípedes. Além disso, o projeto visa aumentar o nível de proteção de duas Unidades de Conservação onde há grande concentração desses animais – Refúgio de Vida Silvestre do Molhe Leste (São José do Norte) e Refúgio de Vida Silvestre da Ilha dos Lobos (Torres) - e desenvolver atividades de educação ambiental voltadas para comunidades pesqueiras

 

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