Exemplo
Proteção para quem nos protege
Grupo de voluntários quer confeccionar 11 mil máscaras para os profissionais do HE-UFPel
Usar o tempo livre para ajudar o próximo: é isso que tem feito a família Hallal. Além da Cristiane, médica do Hospital-Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE-UFPel), mãe, pai, irmãos e até mesmo a filha, de seis anos, têm ajudado a alcançar a meta de confeccionar 11 mil máscaras para os profissionais da área da saúde que estão no front do combate à Covid-19. O destino é o próprio HE, referência no atendimento ao novo coronavírus. Os alunos recém-formados na Faculdade de Medicina da instituição também colaboram, assim como amigos, que dia após dia fortalecem essa corrente do bem.
A iniciativa partiu de um grupo de estudantes no último ano do estágio, realizado dentro do Hospital, com desejo de ajudar o próximo. Junto dos professores homenageados da turma, uma quantia de dinheiro foi arrecadada para a compra de TNT do tipo cirúrgico, além de álcool gel para as Unidades Básicas de Saúde e o Restaurante Universitário da UFPel. Com os metros do tecido comprados, faltava a mão de obra. Cristiane, médica, logo abraçou a causa e a família entrou em cena para ajudar. “É literalmente dos oito aos oitenta. (...) Meu pai tem 84 e a mãe 82 e estão bem envolvidos, minha filha de seis anos e ajuda com o que dá! As pessoas estão se sentido úteis e ocupando a cabeça”, conta. Ao todo, são cerca de 20 voluntários envolvidos, divididos entre a parte de pré-preparo - corte, medição e separação - e costura.
Enquanto alguns cortam os tecidos e as tiras de elástico, outros costuram, como é o caso da Daiane Beduhn, 24, recém-formada em Medicina pela Famed. Ela faz parte da turma de alunos da UFPel que teve a formatura adiantada em três meses para, o quanto antes, auxiliar na pandemia de coronavírus. “É uma mistura de sentimentos. Ansiedade, medo e a vontade de ajudar os outros”, comentou. Em breve, os novos médicos, como ela, vão utilizar as máscaras como profissionais do HE e de outras casas de saúde. Com uma colega de faculdade, ambas são responsáveis pela costura de uma parte das peças. “Eu costuro e logo devolvo pra Cristiane. É algo bem rápido e não tão trabalhoso”.
A entrega das máscaras está prevista para ocorrer neste mês. Cada pacote com cem unidades será entregue de acordo com a demanda de uso. “Se não cuidarmos dos profissionais, daqui a pouco não tem gente pra cuidar da população. Não podemos esquecer de cuidar dos médicos, enfermeiros e todos profissionais da saúde”, ressaltou Cristiane. Outra preocupação quanto ao período é o retorno dos estudantes em estágio, por enquanto ainda em recesso. Serão três turmas, com cerca de 40 a 60 alunos em cada. “Todos precisam estar protegidos”, frisou.
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