Proteção animal

Protesto pede o fim das charretes

Grupo cobrou da prefeitura a apresentação de um veículo alternativo mais barato e que os órgãos fiscalizem os maus-tratos

Gabriel Huth -

Cerca de 50 protetores de animais protestaram, na manhã desta sexta-feira, em frente à Prefeitura, pelo fim da utilização de charretes na cidade. O grupo cobrou que a administração apresente e viabilize um veículo alternativo sem tração animal e que haja fiscalização permanente sobre o estado dos cavalos, seus condutores e em casos de maus tratos. Parte do grupo foi recebido pelo prefeito em exercício, Idemar Barz (PTB), e sua equipe, que se comprometeram a dar respostas concretas aos protetores na próxima semana.

Pela lei 6.321, publicada em janeiro de 2016, "a Prefeitura fica obrigada a elaborar um projeto de substituição total das VTAs (veículos de tração animal) por outras formas de tração até no máximo 4 anos, a partir da publicação desta lei". De lá pra cá, a prefeitura apresentou, em julho de 2017, o protótipo de uma espécie de bicicleta elétrica. Com custo estipulado em R$ 15 mil, o valor inviabiliza a substituição, uma vez que nem a prefeitura tem condições de arcar com o custo e muito menos os próprios charreteiros.

A iniciativa do protesto partiu após a morte recente de um cavalo na avenida Adolfo Fetter, no Laranjal. O animal morreu na ciclovia e chamou a atenção pelo péssimo estado em que se encontrava, exausto. "A gente não quer retirar o meio de sustento de ninguém. Queremos a substituição por um veículo que não utilize a tração animal", esclareceu a organizadora do protesto, Cristiane Borges.

Recentemente, parte do grupo esteve reunido com representantes do Sanep, autarquia responsável pelo recolhimento de lixo, e do Comitê Municipal de Proteção Animal (Comupa) para apresentar uma alternativa ao protótipo exposto pela prefeitura em 2017. Através de pesquisas na internet, o grupo encontrou modelos com valor estimado em R$ 2 mil, também de uma bicicleta, porém com tração humana.

Apoio legislativo
Presentes no evento, os vereadores Ivan Duarte (PT) e Cristina Oliveira (PDT) conseguiram uma reunião com representantes do Executivo no final da manhã. Ivan é autor da lei que ordena a substituição dos veículos de tração animal até 2020. Na época, o tempo estipulado foi aprovado pela prefeita Paula Mascarenhas (PSDB). Cristina também lamentou que, desde 2017, a prefeitura não tenha apresentado mais nenhuma novidade. Ela também criticou a falta de fiscalização.

Executivo se diz sensível ao tema
O prefeito em exercício, Idemar Barz, junto com a secretária de Governo, Clotilde Vitória, e a chefe de gabinete, Kelli Schaeffer, recebeu parte do grupo. Há reclamações sobre a responsabilidade de cada órgão. Por exemplo, maus tratos devem ser tratados na Secretaria de Qualidade Ambiental (SQA), fiscalização das charretes pela Secretaria de Transporte e Trânsito (STT) e o recolhimento de animais pela Secretaria de Serviços Urbanos e Infraestrutura (SSUI). Se há crianças conduzindo as charretes, a responsabilidade é do Conselho Tutelar. A proposta dos protetores é que tudo seja unificado através de um único canal.

"É justo, e somos solidários a esta questão. Tem pessoas que se sustentam com isso, mas o cavalo não pode ser sacrificado", indicou Barz. Em fevereiro, anunciou Kelli, será apresentado um novo protótipo com tração humana, nos moldes sugeridos. O modelo é mais barato e facilita a aquisição. A secretária Clotilde se comprometeu a iniciar as reuniões com secretários e o Comupa já na próxima semana.

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