Definições
Reabertura do Pop Center segue em discussão
A possibilidade de abertura do ponto comercial foi sinalizada, porém, permissionários voltam atrás e defendem que medida não é segura
Jô Folha -
Com a pandemia global do novo coronavírus, os camelôs da cidade precisaram retornar às ruas. Das mais de 500 bancas do Pop Center, cerca de cem estão instaladas, uma do lado da outra, nas ruas Professor Araújo e Lobo da Costa. A abertura do local já foi sinalizada pela prefeituta e pela gerência do local, porém os permissionários voltaram atrás e agora querem seguir onde estão. Eles entendem que no prédio não será possível manter o distanciamento social recomendado pelos órgãos sanitários.
Desde o fechamento do local, em 20 de março, os trabalhadores começaram a se organizar nas redondezas. De duas semanas para cá eles estão em pontos fixos, protegidos por gazebos e expostos ao frio e a chuva. Trabalhando há 30 anos como camelô, Celeste Silva é uma das representantes dos permissionários nas reuniões com gerência e Poder Público. Ela conta que há algumas semanas diversos pontos foram expostos pelo grupo, como por exemplo a abertura total do shopping popular, porém, com o aumento de casos na cidade, a ideia foi reavaliada. Ela questiona como será possível manter o distanciamento se muitos corredores não possuem nem dois metros de largura. “Se um funcionário por banca vier trabalhar, mais os compradores vai bastar um espirro para contaminar todo mundo”, diz.
Outro ponto salientado por Celeste é que não está sendo possível ir a São Paulo realizar as compras, o que acaba dificultando o estoque dos comerciantes. Dois vigias e o aluguel de dois banheiros químicos estão sendo os novos gastos dos que optaram pela rua. “Não estamos aqui porque queremos, mas é o que nos resta em um momento atípico”, afirma Celeste.
O secretário de Gestão da Cidade e Mobilidade Urbana, Jacques Reydams, confirmou que na última reunião houve a sinalização da abertura total e que no encontro desta quinta-feira (4) começará a ser trabalhada as medidas para o retorno ser de forma segura. Porém, mostrou-se surpreso com o novo posicionamento do grupo. “Eles reivindicaram, nós ouvimos e agora mudam de ideia de um dia para o outro?”, questiona. O responsável da pasta frisa que permanecer nas ruas é uma forma de não respeitar a legalidade e tudo que foi construído há sete anos. “Espero que com diálogo consigamos resolver tudo”. Sobre a retirada dos ambulantes do Calçadão na última terça-feira, ele garantiu que ocorreu de forma pacífica e organizada, pois “chegamos antes deles se instalarem e abrirem suas bancas”. Para esses, Reydams garante que a regra não muda, já que existe um local que eles podem se instalar, que é o Pop Center. A gerência do local garantiu que concorda com as ações da prefeitura sobre a reabertura e aguarda pela reunião.
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