Saúde

Rede está sem fitas medidoras de glicose

Nova licitação para repor as prateleiras foi aberta em outubro do ano passado, mas o produto só deve chegar em março

Paulo Rossi -

Um item essencial aos portadores de diabetes crônica está em falta na cidade. As fitas usadas para medir o índice de glicose no sangue não são disponibilizadas aos pacientes desde o mês de dezembro, quando esgotou o estoque do município. Uma nova licitação para repor as prateleiras foi aberta em outubro do ano passado, mas o produto só deve chegar em março.

O preço das fitas pesa muito no bolso de quem precisa usá-la diversas vezes ao dia. É o caso da artesã Ana Carolina Cordeiro, de 36 anos. Há um ano e meio ela depende do auxílio municipal para controlar a glicose e saber a quantidade exata de insulina a ser injetada. Ela faz até cinco medições por dia e, para isso, necessita de quatro caixas por mês. A prefeitura fornecia duas, mas desde janeiro a artesã está sem receber. Cada caixa com 50 fitas custa de R$ 80,00 a R$ 100,00 na rede privada.

Os riscos de não aferir a glicose são grandes. Dentre eles, há a possibilidade de o paciente entrar em coma. A artesã sabe disso e está apreensiva pois seu estoque de fitas acabou há uma semana. Na rede municipal, o item só deve voltar a ser oferecido em março.
Até lá, Ana Carolina tem medo de ter uma crise de hipoglicemia (quando o nível de glicose no sangue chega a índices muito baixos). “Não reclamo só por mim. Tem muita criança que também precisa”, frisa.

A diretora de ações em saúde do município, Eliedes Ribeiro, diz que o processo licitatório para a compra das fitas foi aberto em outubro. A falta do produto se deve, segundo ela, ao crescimento da demanda. “Não podíamos prever um aumento tão grande”, comenta. Por mês, o município distribui oito mil caixas de fitas para medir a glicose. A remessa de março deve durar por seis meses.

Problema também no Capão do Leão
No município vizinho os pacientes ficaram sem fitas por quase cinco meses. Um problema no processo licitatório foi apontado como causa. O secretário de saúde do município Wolke Rodrigues afirma que a situação já foi normalizada. Apesar disso, pacientes relatam que a distribuição está limitada a uma caixa por mês.

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