Contra a depressão

Rede irá apoiar alunos da UFPel

Abrace tem por objetivo levar adiante reivindicações e atividades que supram a necessidade de ajuda aos estudantes

A união de 52 pessoas em torno de uma causa fez nascer a Abrace, rede de apoio na Universidade Federal de Pelotas (UFPel) direcionada ao tratamento de assuntos que envolvam a saúde psicológica. O objetivo é levar adiante reivindicações de direitos e atividades para suprir a necessidade de apoio aos estudantes. Em poucos dias os universitários conseguiram apoio de profissionais de várias áreas e o pedido de ajuda de cinco mulheres na luta contra a depressão e a síndrome do pânico.

Helio Andrade, aluno da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, é um dos criadores da Abrace e conta que a ideia de criar a rede de apoio surgiu após a morte do estudante Lucas Camargo, 22, que cursava Engenharia Mecânica Naval na Universidade Federal do Rio Grande (Furg), e dos depoimentos de amigos e colegas, de que ele andava muito triste por não conseguir estágio.

Conforme Andrade, a rede surgiu em um momento de tristeza e com o sentimento de indignação frente à realidade. “O nosso foco é a vida, sendo ela vista como bem inestimável e como tal deve ser valorizada ao máximo”, diz, ao salientar que depressão e crise são coisas sérias e devem ser tratadas com respeito.

Dados levantados pela Abrace dão conta de que em 2014 foram registrados 2.898 suicídios de jovens entre 15 e 29 anos. “Não há mais espaço para silêncio e tabu. Depressão é uma doença e deve ser tratada”, salienta a Abrace, na chamada para a primeira reunião aberta, que teve de ser adiada em razão do mau tempo, pois seria realizada a céu aberto, na praça Coronel Pedro Osório. Ficou para o dia 7, às 15h, no mesmo local.

Por enquanto, foi realizado apenas o encontro interno e a busca de apoio de profissionais, alunos da área da saúde e coordenadores de cursos. Entre as cinco que buscaram e já recebem a ajuda por intermédio da Abrace está Laura, 30. Ela sofre de depressão e fala da importância do trabalho da rede. “Temos no grupo um conforto quando estamos muitos tristes. Tem estudantes de Psicologia que nos ajudam. Já fiz terapia e essa é mais uma maneira de ajuda”, comenta.

Na sua opinião, todas as universidades deveriam ter um centro de apoio para que pudessem conversar, receber ajuda sobre como enfrentar o problema.

Contatos podem ser feitos pelo e-mail [email protected] e nos próximos dias em uma página a ser criada no Facebook.

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