Bolso

Redução no preço do litro do diesel ainda não é aplicado nas bombas

Diminuição de R$ 0,27 por litro nas distribuidoras só deve ser observado quando postos renovarem os estoques

Foto: Carlos Queiroz - DP - Motoristas esperam notar em breve o impacto nas bombas

Diferentemente de quando há aumento dos combustíveis e a diferença logo já é sentida na bomba, a redução de R$ 0,27 no litro do diesel nas distribuidoras, anunciado pela Petrobras e em vigor desde sexta-feira, ainda não fez diferença para os consumidores de Pelotas. Percorrendo a cidade, constata-se que os centavos a menos ainda não foram aplicados nos postos para o diesel, sendo que na manhã de sexta-feira (8), o litro do diesel A S 10 variava entre R$ 6,19 e R$ 6,49. 

De acordo com a Petrobras, o acumulado do ano soma R$ 0,71 por litro, o equivalente a 15,8%, e o ajuste é resultado da análise dos fundamentos dos mercados externo e interno, frente à estratégia comercial da companhia, implementada em maio de 2023, em substituição à política de preços anterior. Isso possibilita incorporar parâmetros que refletem as melhores condições de refino e logística da Petrobras na sua precificação. Ainda conforme a estatal, o valor médio do diesel passará a ser de R$ 3,78 por litro. 

Mas ao considerar a mistura obrigatória de 88% de diesel A e 12% de biodiesel para a composição do combustível comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor cairá R$ 0,24 por litro e passará a ser, em média, R$ 3,33 a cada litro vendido na bomba. Com isso, o preço médio do diesel A S10 nas bombas poderá atingir valor de R$ 5,92 por litro, considerando que o Levantamento de Preços de Combustíveis da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para a semana de 26 de novembro a 2 de dezembro indicou valor médio de R$ 6,16 por litro - menor com o que está sendo aplicado em Pelotas. 

De acordo com o professor de Economia da UFPel, Marcelo Passos, esse impacto da redução é pequeno para revendedoras e para o consumidor final. “Não deixa de ser uma medida positiva de redução de custo de combustível”, relata, mas aponta que não deverá gerar efeitos em outros pontos, como o frete.

O motorista Tiago Duarte Nunes, 33, que trabalha com o transporte de terraplanagem, comemora o anúncio, mas sente a demora da redução na bomba. “Quando aumenta é instantâneo”, constatou. Ele costuma abastecer sempre 150 litros e, por ser cliente fidelidade, tem um custo médio de R$ 950 a cada ida ao posto. Para ele, qualquer diferença para menos é bom para quem atua nas estradas, pois se anda mais e a pequena economia pode ser investida em manutenção. “Os principais custos de quem trabalha em transporte são combustíveis e pneus”. 

O gerente de um posto na avenida Presidente João Goulart, Rafael Thes Planella, 40, explica que ainda estão com estoque antigo e só quando vier o novo é possível aplicar a nova tabela de preços. Para garantir a fidelidade dos clientes, eles trabalham com descontos conforme a quantidade de combustível abastecido. A Petrobras lembra que o valor cobrado ao consumidor final no posto é afetado por outros fatores, como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda.

Gasolina

No momento, a Petrobras está mantendo estáveis seus preços de venda de gasolina às distribuidoras, tendo em vista o último movimento realizado em 21 de outubro, de redução de R$ 0,12 por litro. No ano, os preços de gasolina A da Petrobras para as distribuidoras acumulam queda de R$ 0,27 por litro, o equivalente a 8,7%.

Para o GLP (gás de cozinha), os preços de venda às distribuidoras permanecem estáveis desde o dia 1º de julho. No ano, os preços do gás de cozinha para as distribuidoras acumulam retração equivalente a R$ 10,40 por botijão de 13 quilos, ou 24,7%.

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