Saúde

Região mobilizada para garantir conclusão do Hospital-Escola

Abaixo-assinado pretende pressionar para que governo acelere a liberação de recursos para obras dos três blocos

Gabriel Huth -

Obra mais aguardada para ampliar e melhorar o atendimento em saúde pública na Zona Sul do Estado, o Hospital-Escola da Universidade Federal de Pelotas não deve ter a faixa de inauguração cortada tão em seguida. Anunciado há cinco anos e com previsão de conclusão três anos após o início dos trabalhos, em 2015, o complexo ainda se arrasta na construção do primeiro de três novos blocos previstos. Por conta de tamanha demora, gestores de saúde da região resolveram iniciar uma mobilização para exigir mais agilidade no projeto.

Desde o final de semana um abaixo-assinado eletrônico está coletando adesões de toda a comunidade dos municípios das 3ª e da 7ª Coordenadorias Regionais de Saúde, de Pelotas e Bagé, respectivamente. O objetivo é apresentar o documento à Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa e à bancada gaúcha na Câmara dos Deputados para que os parlamentares pressionem o governo federal pela liberação de recursos.

Até o momento apenas o bloco 3, destinado a ser um dos maiores centros de tratamento oncológico do Estado, está em andamento, a passos lentos. Orçado em R$ 17 milhões, deveria ter sido entregue em novembro do ano passado, mas a falta de repasses do Ministério da Educação e da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) obrigou a construtora a reduzir o ritmo para não parar de vez a obra. Até o momento, somente 77% do serviço foi realizado e, faltando R$ 6 milhões para finalizar, o canteiro de obras só não foi desativado porque a UFPel e o HE têm redirecionado recursos próprios.

Presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul e um dos articuladores da mobilização, o secretário de Piratini, Diego Espíndola, lembra que para poder executar os demais blocos é necessário que o governo repasse os R$ 170 milhões previstos no projeto. “Estamos chamando as lideranças para que se juntem a nós para que esse hospital regional 100% SUS saia do papel e qualifique o atendimento não só para a região de Pelotas, mas para municípios da Campanha”, explica.

Um passo de cada vez
Segundo o reitor Pedro Curi Hallal, a UFPel não abre mão de ter o seu novo Hospital-Escola e tem isso como uma das prioridades para qualificar a estrutura de ensino e de saúde da região. No entanto, ressalta que desde o lançamento do projeto básico do complexo até hoje, nenhum indicativo de liberação de recursos para os blocos 1 e 2 - os maiores - partiu do governo federal. Por isso, considera fundamental que a sociedade fortaleça a pressão para que o projeto avance.

“O foco agora tem que ser a conclusão do bloco oncológico, que está em andamento e ainda precisa de verba para ser finalizado. Se recebermos os R$ 6 milhões que faltam, até o final do ano estará pronto. Agora, se não recebermos, a obra corre o risco de parar”, alerta Hallal. Conforme o gerente administrativo do HE, Mateus Santin, até o momento só existe a garantia de R$ 1,1 milhão que deve chegar até o final do semestre - R$ 1 milhão do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários (Rehuf) e R$ 100 mil de emenda parlamentar.

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