Reconhecimento

Revista Nature publica trabalho com participação da UFPel

Pesquisador que liderou o grupo na UFPel, o artigo é fruto de um grande esforço internacional de pesquisa, chamado International Symposium on Rice Functional Genomics (Simpósio Internacional sobre Genômica Funcional do Arroz)

Uma das mais prestigiadas e conhecidas publicações científicas do mundo, a revista Nature, publicou na última quarta-feira artigo que conta com a participação de quatro pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Participaram do trabalho, que comparou o genoma da espécie mais cultivada de arroz com outras familiares, os professores do Departamento de Fitotecnia da Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel Antônio Oliveira e Luciano Maia, e os egressos dos programas de pós-graduação em Agronomia e em Biotecnologia Daniel Farias e Railson dos Santos, respectivamente.

Segundo Oliveira, pesquisador que liderou o grupo na UFPel, o artigo é fruto de um grande esforço internacional de pesquisa, chamado International Symposium on Rice Functional Genomics (Simpósio Internacional sobre Genômica Funcional do Arroz, em livre tradução). A iniciativa reúne cientistas de diversos países interessados na investigação em torno da genética desse cereal, fundamental à alimentação humana. São dezenas de envolvidos, de diversos países e instituições, sendo que a Universidade Federal de Pelotas é a única brasileira.

Não é a primeira vez que os frutos do trabalho desse grupo chegam à Nature. Em 2005, a publicação divulgou os resultados do sequenciamento do genoma do arroz, sendo que esta foi a primeira vez na qual um grupo concluiu esse procedimento em uma planta cultivada. Oliveira e Maia também tiveram outro trabalho publicado na revista, quando foi concluído procedimento semelhante com a gramínea Brachypodium, em 2010.

Estudo comparativo

Liderado pelo professor Rod Wing, da Universidade do Arizona (EUA), o artigo traz a comparação entre 13 espécies de arroz domesticadas ou selvagens, encontradas em diversas partes do mundo. O sequenciamento do genoma de cada uma dessas espécies ficou sob responsabilidade de diferentes instituições. Coube ao grupo da Faem aplicar o procedimento na variedade Oryza glumaepatula, encontrada na América Latina, especialmente em biomas como a Amazônia e o Cerrado. "Os índios se alimentavam com ela", explica Oliveira. A partir da decodificação do genoma de cada espécie, foi possível traçar um comparativo entre elas, mostrando quais são as mais próximas e as mais distantes.

No entanto, essa ação é apenas o princípio desse trabalho. "Esse é um grande estudo básico que começa a gerar frutos", afirma o docente da UFPel. A partir da identificação desses genes, pode-se buscar aqueles que possam ser aproveitados para a agricultura, criando plantas que sejam mais resistentes a mudanças climáticas e estresses causados por pragas, doenças ou fatores abióticos, além de buscar alimentos com maior qualidade nutricional.

 

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