Impasse

Rodoviários de Pelotas estão em estado de greve

Rejeitada proposta do Consórcio e aprovado indicativo de greve, negociações serão mediadas pelo TRT

Foto: Volmer Perez - DP - Atualmente, são cerca de 430 motoristas e cobradores

Sem acordo nas negociações entre o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Pelotas e Região (STTRP) e o Consórcio do Transporte Coletivo de Pelotas (CTPC), em assembleia no início da semana foi aprovado o indicativo de greve. O impasse é quanto ao percentual de reposição salarial reivindicado pela categoria e o índice menor oferecido pela classe patronal. Além disso, há impasse quanto a criação de uma categoria para os motoristas que acumulam função de cobrador. Atualmente, o total de rodoviários entre motoristas e cobradores é de cerca de 430, já os que cumprem as duas funções estão entre 90 e cem profissionais.

A pauta do sindicato que inclui a formação de uma categoria funcional para esse grupo também é composta pelo aumento salarial de 25%, independente do índice de reposição do ano. O acréscimo foi definido com base no salário da função de cobrador, o que representaria em torno de R$ 650. "Então ele estaria conduzindo o ônibus, cobrando, limpando e outras atividades de auxílio aos passageiros por esse valor", diz o presidente do STTRP, Claudiomiro Amaral. O argumento da categoria é de que há uma sobrecarga de atividades e responsabilidades acumuladas pelo motorista com a retirada do cobrador. Entretanto, nenhuma proposta com base na demanda teria sido apresentada pela patronal.

Além disso, a classe pleiteia um reajuste de 7% sobre os salários e o vale alimentação, o índice foi baseado no último aumento do salário mínimo nacional. Já a proposta apresentada pelos representantes do consórcio foi de reposição da inflação de 3,81%, proposta que foi rejeitada. "A categoria está mobilizada e o sindicato está tomando as providências cabíveis legalmente, como o indicativo de greve". Além disso, a STTRP ingressou no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) com um pedido de mediação para solucionar os impasses. Conforme Claudiomiro, a greve só será deflagrada após a tentativa de negociação com a patronal perante o judiciário. "Vamos esperar porque a intenção da categoria e do sindicato não é tumultuar e muito menos prejudicar o usuário do transporte, mas sim que o nosso trabalhador seja reconhecido".

O sindicato patronal

Advogado do Sindicato das Empresas do Transporte Rodoviário de Pelotas, Enoc Guimarães argumenta que a proposta de criação de uma nova base salarial não foi apreciada, pois boa parte dos motoristas que executam dupla função foram contratados especificamente para isso ou são cobradores que foram promivdos a condutores. Além disso, devido ao congelamento do valor da tarifa em R$ 5, não haveria margem de lucro para um reajuste salarial de 7%. "Por isso estamos propondo o INPC".

O advogado informa ainda que foi contatado pelo Tribunal Regional do Trabalho e que a audiência de mediação deverá ser realizada na próxima segunda-feira.

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