Atenção

Sala de Situação completa 20 dias em operação

Trabalhos se estendem 24 horas por dia e garantem o monitoramento, em tempo real, da crise climática

Foto: Rodrigo Chagas - Ascom - Representantes de diversos órgãos públicos se encontram diariamente no local

O acompanhamento da situação climática e dos impactos sobre a região sul do Estado já completa 20 dias em Pelotas. Estruturada no 9º Batalhão de Infantaria Motorizado (9º BIMtz), a Sala de Situação Municipal foi viabilizada no dia 8 de maio com o objetivo de monitorar o avanço das águas e as previsões meteorológicas para o Município. Por meio de ações integradas, compostas por diversas frentes, as equipes mantêm o monitoramento em tempo real, com trabalho ininterrupto durante 24 horas por dia.

Desde o início das enchentes, com a participação de equipes do Município, efetivos das forças de segurança e professores e pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), o centro de operação realiza o acompanhamento e a análise dos dados referentes à crise climática. Com revezamento de pessoal, guarnições das principais frentes de atuação e resgate viram a noite.

A realização de reuniões diárias de alinhamento, com as informações da previsão meteorológica e dos índices dos mananciais de Pelotas, cumpre função importante de atualização para definir as melhores estratégias de prevenção e resgate. A prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) destacou a qualidade do trabalho integrado, que tem se mostrado eficiente no enfrentamento da crise climática. “Agradecemos o Exército Brasileiro que abriu a possibilidade de usarmos as instalações do 9° BIMtz para fazer a nossa Sala de Situação. Aqui, nós temos toda a parte operacional centralizada, com nossas instituições juntas e mobilizadas para enfrentar mais essa crise climática. Essa mobilização tem nos ajudado muito, nos auxiliando a dar respostas mais efetivas e rápidas à comunidade pelotense”, destacou a chefe do Executivo.

Ações com embasamento científico
O trabalho integrado, que alia os estudos científicos às políticas públicas do Município, foi essencial para a elaboração do Mapa de Inundação, principal ferramenta de visualização das áreas de maior risco às enchentes. Com a disponibilização do mapa para a comunidade, foi possível classificar as regiões em estados de alerta e evacuação imediata, garantindo mais segurança para os pelotenses.

Os estudos desenvolvidos pelo corpo técnico de docentes e pesquisadores da UFPel também auxiliam na preparação das equipes e na tomada de decisões importantes de precaução e prevenção às enchentes. O cálculo matemático que analisou a velocidade das águas da região metropolitana, por exemplo, foi uma observação fundamental para delimitar o tempo de contribuição das águas do rio Guaíba que chegam à região.

Importantes reforços
A grande rede de atuação foi ganhando parceiros ao longo dos dias. Além da representação dos poderes Legislativo e Judiciário, somaram-se efetivos da Força Nacional e corporações de bombeiros de diversas regiões do território brasileiro.
Pelotas recebeu o apoio de contingentes do Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Rio Grande do Norte e, também, de outras localidades, como Três de Maio (Noroeste do Estado) e, recentemente, de Bagé, somando-se ao trabalho de proteção à população pelotense.

Trabalho de acolhimento
Com a elevação dos níveis do canal São Gonçalo e da Lagoa dos Patos, a necessidade de políticas de acolhimento também se tornou iminente no Município. As discussões coletivas, desenvolvidas pelo comitê de crise e lideradas pelas equipes da Assistência Social, também auxiliaram no processo de identificação dos melhores locais para receber os atingidos. Atualmente, Pelotas conta com oito abrigos municipais, totalizando 669 pessoas abrigadas.

Além das ações diretas no acolhimento das populações afetadas, as equipes do Município realizam o cadastro dos cidadãos aptos a receber o auxílio do governo federal. Formulários online foram disponibilizados, bem como uma estrutura organizada para cadastro presencial. 

Cenário atual
Após o canal São Gonçalo registrar recorde, com a medição 3,13 metros, na segunda-feira, as equipes mantêm o monitoramento constante do manancial que já indica tendência de redução, marcando 2,93 metros no início da tarde desta terça-feira. Os efetivos continuam com acolhida e assistência das regiões afetadas pela elevação da Lagoa dos Patos, como a Colônia de Pescadores Z-3 e os balneários Santo Antônio e Valverde no Laranjal.

De acordo com a previsão meteorológica, ainda pode haver alguma elevação dos mananciais, considerando a mudança na orientação do vento, que deve passar para o quadrante Sudeste, registrando rajadas de até 70 quilômetros por hora. ​

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