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Salário atrasado preocupa ex-funcionários terceirizados do Mercado Central

Contrato entre empresa e Prefeitura foi rescindido em junho; colaboradores ainda não receberam salário do último mês trabalhado

Foto: Carlos Queiroz - DP - Colaboradores aguardam sem nenhuma outra informação

Contas a pagar e nada do salário entrar. É assim que os funcionários da última terceirizada responsável pelos cuidados com o Mercado Central definem a rotina que vivem. O contrato entre a Prefeitura e a empresa foi rompido no dia 30 de junho. Os colaboradores, que trabalharam até a rescisão do termo, ainda não receberam o salário referente ao mês de junho.

O contrato, firmado entre a empresa Alcântara - Prestadora de Serviços Ltda. e o Executivo Municipal, previa prestação de serviços de portaria, zeladoria, limpeza e pequenos reparos prediais. Ao todo, 11 funcionários trabalhavam no Mercado. O repasse da Prefeitura para o serviço era de R$ 36,4 mil mensais. "Quebrou o contrato e até aí tudo certo, só que nós não recebemos nosso dinheiro. Estamos sendo penalizados pelo quê? A gente trabalha corretamente e é punido por isso? Não faz sentido", desabafa um dos antigos funcionários, que preferiu não ser identificado. Segundo ele, antes do rompimento do contrato, já havia ocorrido atraso na entrada do salário, mas nunca de tanto tempo. "Isso prejudica quem está precisando, não é justo. Quem vai pagar nossos prejuízos? Os juros do cartão rolando altíssimos, uma das outras funcionárias não conseguiu pagar a conta de luz", conta.

A reportagem buscou contato com a Alcântara - Prestadora de Serviços Ltda. e, também, com o procurador responsável listado no contrato público, mas os telefones estavam desativados. O DP conseguiu conversar com um funcionário da empresa, que não forneceu nenhum outro meio de contato e alegou não poder falar em nome da prestadora, mas afirmou que a Prefeitura não havia feito o repasse do mês de junho para que a empresa pudesse pagar os colaboradores.

O que diz a Prefeitura
Ao Diário Popular, através da assessoria de imprensa, o secretário de Desenvolvimento, Turismo e Inovação, Gilmar Bazanella, explicou que a secretaria fez o rompimento unilateral do contrato porque a empresa não estava cumprindo com as obrigações, como o pagamento dos colaboradores em dia e o recolhimento de alguns tributos referentes aos funcionários. Bazanella confirmou que a Prefeitura ainda não repassou o valor referente ao mês de junho à empresa. "Há uma fatura que não foi paga, pois estamos esperando um posicionamento da Procuradoria Geral do Município. A ideia é que se faça um depósito judicial para que os colaboradores sejam pagos. A expectativa é que isso se resolva nos próximos dias", afirmou.

Com relação aos serviços no Mercado, o secretário garantiu que uma nova empresa foi contratada com contrato emergencial e já está prestando os serviços. "O serviço prestado está muito bem, inclusive com a oferta de serviços que não eram prestados pela empresa anterior, como a manutenção dos banheiros até a meia-noite", acrescentou. Uma nova licitação para contratação da empresa definitiva está sendo preparada pela Sdeti.

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