Saúde
Segue baixa a procura pela vacina do HPV em Pelotas
Vacinação pode ser feita em todas as unidades de saúde, como as Unidades Básicas de Saúde e o Centro de Especialidades Médicas de Pelotas
Paulo Rossi -
Há um ano, o Ministério da Saúde incluiu também meninos entre os alvos da vacina de prevenção ao HPV. Ela já fazia parte do Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas desde 2014. A mudança teve como objetivo diminuir o número de casos de câncer causados pelo vírus. Mesmo com esse avanço, a procura em Pelotas segue baixa.
De acordo com a chefe do Departamento de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Maria Regina Reis Gomes, a cidade tem entre sete e oito mil jovens aptos a serem vacinados. Os dados de 2017 ainda são parciais, até o começo de dezembro. Nesse período, apenas 1.647 pessoas tomaram a segunda dose da vacina, ou seja, menos de um quarto do público-alvo (algo entre 20,5% e 23,5% dos aptos).
Neste ano, meninas com idade entre entre e 14 anos, 11 meses e 29 dias e meninos de 11 a 14 anos, 11 meses e 29 dias englobam o público-alvo. A vacina é feita em duas doses, com intervalo de dois meses, deixando a pessoa protegida para toda a vida. Segundo Maria Regina, o organismo já começa a se proteger a partir da primeira dose, criando uma memória imunológica.
A vacinação pode ser feita em todas as unidades de saúde, como as Unidades Básicas de Saúde e o Centro de Especialidades Médicas de Pelotas. A enfermeira Fátima Soares, que atua no Centro de Especialidades, confirma a baixa procura, inclusive no período de férias. Entre as pessoas que buscaram a dose, está Isabelle Silva. Ela vive em Canguçu e costuma passar as férias na casa da irmã mais velha, Stephani. Como sua documentação é daqui, aproveita para fazer as vacinas. Em julho, tomou a primeira dose, e na quata-feira, completou o esquema fazendo a segunda. “Foi bem tranquilo, nem doeu”, disse a menina de dez anos de idade, que ficou sabendo da necessidade de vacinação após campanhas de conscientização na escola onde estuda.
Papiloma
O Vírus do Papiloma Humano afeta tanto homens quanto mulheres. Ele se instala na pele e em mucosas, causando também infecções. Transmitido sexualmente, pode gerar diversos tipos de câncer genital. Um deles é o câncer de colo de útero. Maria Regina ressalta que atualmente este é um dos cânceres com maior taxa de mortandade.
Nos homens, além de servir como vetor para transmissão, o vírus pode causar outros tipos de cânceres, como de pênis, escroto, garganta, além de verrugas genitais.
Fora da faixa etária mencionada, podem vacinar-se pessoas com indicação por imunodeficiências, como HIV, câncer e doenças crônicas que afetem a imunidade. A recomendação em casos de qualquer sinal ou sintoma de HPV é procurar um profissional da saúde para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado.
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