Futuro indefinido

Segue expectativa por criação de Parque Ambiental na Chácara da Brigada

Prefeitura ainda aguarda transferência da área estadual ao município

Gabriel Huth -

A área de 65 hectares localizada às margens do canal São Gonçalo, conhecida como Chácara de Brigada Militar de Pelotas, já foi prometida a várias formas de investimentos. Em 2011, começava a ser projetada a instalação de um Distrito Industrial junto à região, o que atraiu cerca de seis empresas da indústria naval. Porém, em 2016, o projeto foi descartado. Iniciou-se, então, a caminhada em busca da criação de um Parque Ambiental. Ainda hoje, o governo municipal corre atrás para que a área - cedida ao Estado do Rio Grande do Sul para fins portuários - seja finalmente doada à prefeitura. O local é de acesso restrito e aparenta não ser visitado com frequência.

Há três anos, a ideia de tornar a área um Distrito Industrial foi descartada pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, depois que a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) indeferiu a licença prévia que permitiria a realização dos investimentos no Poligonal do Porto de Pelotas. A justificativa girava em torno do fato de a propriedade ser uma Área de Preservação Permanente (APP). O ecossistema, definido como banhado, abriga uma biodiversidade que precisa ser conservada. A partir daí, a Secretaria de Qualidade Ambiental (SQA) passou a projetar a instalação de um Parque Ambiental na grande área de preservação.

Ainda de acordo com o documento emitido pela Fepam, o local carrega alto valor histórico. Isso porque, durante a Revolução Farroupilha, a área foi palco da única batalha naval travada por atiradores. Em 2015, quatro anos depois da iniciativa de investimentos, a área foi liberada pela Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) para ser estudada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), através de escavações arqueológicas para o projeto O Pampa negro - A Arqueologia da Escravidão na Região Meridional do Brasil.

A expectativa da prefeitura
O secretário de Qualidade Ambiental, Felipe Perez, ressalta que a ideia de construir um Parque Ambiental é mantida, porém, até o momento, a área de 65 hectares pertence ao Estado. Uma solicitação para realizar a transferência da propriedade ao município já foi feita. Desta forma, Perez afirma que o governo de Eduardo Leite (PSDB) já está inteirado do assunto, uma vez que o governo anterior não atendeu ao último pedido. Se agora for aceito, a SQA planeja o Parque nos próximos meses. Perez explica que um projeto só vai ser elaborado mediante a aprovação estadual e a certeza de que as terras serão passadas a Pelotas. Sem a confirmação, não há motivos para perder tempo e dinheiro com planejamento.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Soja está quase 20% colhida, aponta levantamento da Emater-RS/Ascar Anterior

Soja está quase 20% colhida, aponta levantamento da Emater-RS/Ascar

Para vigiar o banho  e a tosa dos pets Próximo

Para vigiar o banho e a tosa dos pets

Deixe seu comentário