Drama

Sem luz, família da Vila Castilho ainda sofre com os efeitos dos temporais

Mãe e crianças sobrevivem de doações, com a casa praticamente arruinada desde 7 de setembro

Carlos Queiroz - Liliane e filhos vivem apenas em parte da casa, que restou intacta após efeitos dos temporais

O ciclone extratropical que passou pela região sul recentemente deixou rastros ainda visíveis em Pelotas. Além da destruição de moradias, muitas pessoas enfrentam o desabastecimento de energia elétrica há dias. É o caso da Liliane Cardoso, moradora da Vila Castilho, uma das regiões mais carentes da cidade. Junto aos três filhos, ela não tem luz na residência desde o temporal do dia 7 de setembro. Além disso, a casa onde vive com os filhos ficou parcialmente destruída. Os quartos e a sala frontal foram as partes mais atingidas. Alguns cômodos da moradia perderam boa parte da estrutura que sustentava o telhado, enquanto outra peça sofreu com o desmoronamento da parede externa, o que também desencadeou na destruição de parte do teto da casa.

Na hora em que ocorreram os primeiros desabamentos, Liliane relata que se assustou e só pensou em proteger os filhos de algo pior, antes de acionar o Corpo de Bombeiros, que em dez minutos já estava no local. “Quando caiu, eu pedi para os meus filhos correrem para cima da cama. Eu olhei e os fios estavam batendo, fazendo fogo”, disse Liliane.

Ela conta que já havia comunicado à Prefeitura da situação precária da residência, alertando para os danos que ela já apresentava e comunicando o risco à sua família. Mesmo assim, a ajuda não chegou a tempo de impedir os danos causados pelos temporais. Como perdeu praticamente tudo que tinha, ela diz que recebeu auxílio da Defesa Civil, que entregou uma cesta básica na manhã seguinte, após o acontecido. No mais, sobrevive à base de doações de alimentos e roupas, que tem recebido da ONG Sementinha do Amor, que atua no bairro, além de vizinhos e amigos.

Agora, a dona de casa e os filhos seguem no mesmo lugar, em uma das poucas peças não afetadas pelas chuvas, um quarto nos fundos da residência. Eles ainda enfrentam a falta de energia elétrica, de água e não tiveram mais retorno dos órgãos auxiliares. “Estamos vivendo à luz de vela”, acrescenta.

Enquanto isso, Liliane luta para se manter de pé para continuar forte e cuidando dos filhos, ao mesmo tempo em que aguarda alguma ajuda que modifique a situação difícil em que se encontra. “Tenho que me manter. Acordar todos os dias, dar um sorriso e dizer que está tudo bem”.


Como ajudar?

Contato pelo WhatsApp (53) 99118-3305
No endereço: Rua Euzébio de Queiroz, 539

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