Manifestação
Semana começa com paralisação de funcionários da Cosulati
Com dois meses de salários atrasados, metade do 13º e férias sem pagamento, trabalhadores se mobilizam
Paulo Rossi -
A semana começou com nova mobilização dos trabalhadores da Cosulati. O recado está expresso em faixa no portão do prédio da Administração, na praça 20 de Setembro, em Pelotas: Trabalho com dignidade. E é para exigir Respeito aos direitos trabalhistas que os funcionários interromperam as atividades. Já são quase dois meses de salários atrasados, metade do 13º e férias sem pagamento. Sem falar em depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) também pendentes.
A previsão é de que a paralisação só se encerre quando ao menos parte dos valores sejam depositados. "Queremos preservar a cooperativa, queremos que ela continue, mas tudo tem limite. Estamos preocupados", resume Adelina Macedo, como porta-voz dos colegas. E fala com propriedade: já são 45 anos dedicados à Cosulati; mais do que suficientes para ter acompanhado da abundância da cooperativa aos anos de crise.
À tarde, às 15h, a direção da Cosulati irá receber representantes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias e Cooperativas da Alimentação de Pelotas e Região e uma comissão de funcionários. Só depois do encontro, a direção irá conversar com a imprensa.
Saiba mais
A Cosulati chegou a ter três unidades em operação simultaneamente: a fábrica de laticínios, o frigorífico de frangos e a indústria de rações. Atualmente, apenas a planta de lácteos segue de portas abertas. Com crise financeira e suspeita de desvios de verbas - que levou o caso para a Justiça -, a cooperativa encolheu a estrutura, dispensou operários e perdeu representatividade nos 19 municípios em que mantinha ramificações e cooperados.
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