Paralisação
Sexta-feira sem transporte coletivo em Pelotas
Sindicalistas reivindicam o pagamento do dia 31, retirado em dezembro pelas empresas que formam o Consórcio do Transporte Coletivo de Pelotas
Atualizada às 9h53min para acréscimo de informações
Como haviam anunciado, os rodoviários de Pelotas cruzaram os braços nesta sexta-feira (31) e, desde às 5h o transporte coletivo da cidade está parado e deve seguir assim até a meia-noite. A principal reivindicação do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário de Pelotas é a mudança na forma de cálculo com o não pagamento do dia 31, nos meses com essa data, como ocorria há mais de 30 anos. A empresa responsável pela Zona Rural da cidade concordou em pagar pelo dia e os ônibus estão circulando normalmente.
Nas primeiras horas da manhã, a tradicional movimentação do transporte coletivo, com os usuários nas paradas de embarque e desembarque deixaram a cidade mais silenciosa. Em frente à empresa responsável pela linha do Laranjal, apenas um sindicalista e alguns motoristas acenavam que estava tudo calmo. "Nenhum ônibus saiu da garagem", disse um deles. Ao longo da avenida Domingos de Almeida, as paradas estavam vazias e, em algumas, haviam vans estacionadas.
Na empresa Santa Maria, no bairro Areal, o piquete era um pouco maior, mais o cenário era o mesmo: toda a frota parada. "As empresas afirmam que não devem pagar o 31 e nós entendemos ao contrário. Há 36 anos que nós recebemos e, em nenhum momento foi negociado, simplesmente eles deixaram de pagar de 31 de dezembro para cá. Nós estamos nessa batalha e vamos até o fim", disse o tesoureiro do Sindicato, Sonomar Dias de Oliveira.
Já o secretário-executivo do Consórcio do Transporte Coletivo de Pelotas (CTCP), Enoc Guimarães, declarou que não foi notificado e, que portanto, a greve é ilegal. "Eles (sindicado) não nos comunicaram com 72 com antecedência. Teriam que preparar o atendimento de 70% no horário de pico e 30% no de entrepico, já que é um serviço essencial. Portanto estamos ingressando no TRT com uma declaração de ilegalidade de greve, pedindo que o sindicato seja multado e vamos aplicar a lei, como descontar o dia deles, o descanço semanal remunerado".
A Secretaria de Transporte e Trânsito informou em nota que poderá autuar o consórcio, caso os ônibus não circulem, pois estarão deixando de prestar um serviço licitado pelo Prefeitura. Neste Caso, Guimarães explicou que se trata de um fortuito, e que está previsto no contrato entre Prefeitura e CTCP.
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