Minuto
Silêncio para gritar o descaso
Santa Casa de Misericórdia de Pelotas faz protesto contra atrasos e defasagem de repasses
Jô Folha -
O silêncio que diz muito. Cerca de duzentas pessoas, entre funcionários e apoiadores da causa estiveram em frente à Santa Casa de Misericórdia de Pelotas na manhã desta sexta-feira (17) para protestar, na forma de um minuto de silêncio, contra o atraso nos repasses estaduais e a defasagem na atualização dos valores pagos pelo Governo Federal.
“Esse dinheiro precisa ser gerido com mais responsabilidade. Já vivemos outras crises no passado e vencemos graças a essa união. Se muito já ajudou a população, hoje é o hospital que está vulnerável. Quando cada um vai cuidar da sua vbida, os resultados demoram a vir”, disse o provedor da instituição, Lauro Melo, antes de pedir que todos dessem as mãos em sinal de solidariedade.
Entenda
A Santa Casa de Misericórdia acumula atualmente dívida de R$ 4 milhões junto ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e mais R$ 5,3 milhões junto à Receita Federal. O défict é resultado do atraso nos repasses estaduais, intensificado no fim de 2017. Na quinta-feira (16), o hospital recebeu os R$ 150 mil referentes ao mês de maio – junho, julho e agosto, entretanto, ainda não foram quitados. Em relação à verba federal, o imbróglio está na defasagem. De acordo com melo, o valor não é atualizado desde 2014 e deveria ser 320% maior.
A crise afetou, por exemplo, a Maternidade do hospital. Os 18 leitos da especialidade foram fechados há duas semanas e ainda não há previsão para reabertura. Além disso, os salários dos funcionários estão sendo pagos de forma parcelada. Até a quinta-feira (16), apenas 30% haviam sido pagos. Naquele dia, mais 55% foram quitados, restando ainda 15%.
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