Saúde
Surto de doença cancela aulas em Piratini
Enfermidade conhecida como mão-pé-boca já atingiu pelo menos 60 crianças no município
Na última segunda-feira o município de Piratini constatou um alto número de casos semelhantes nos postos de saúde da cidade. Crianças com sintomas de febre alta, estomatite (aftas), enjoos, seguidos do aparecimento de manchas vermelhas na boca, amígdalas e faringe. E, em alguns casos, pequenas bolhas nas palmas das mãos e nas plantas dos pés. Através destes quadros, identificou-se um surto da doença popularmente conhecida como mão-pé-boca (sigla em inglês, HFMD).
Até o momento, 60 crianças, de três diferentes creches da cidade, foram diagnosticadas com a doença, causada pelo vírus Coxsackie, da família dos enterovírus. A forma de transmissão, através do contato direto entre as pessoas ou com as fezes, saliva e outras secreções, faz com que a enfermidade seja extremamente contagiosa. Por isso, em decisão conjunta entre as secretarias de Educação e Saúde do município, o cancelamento das aulas da rede infantil foi estabelecido como método de controle da epidemia, após reunião realizada na manhã de quarta-feira (20).
As aulas serão suspensas até a próxima terça-feira. Segundo o secretário de Saúde de Piratini, Diego Espíndola, o período corresponde ao tempo médio em que o vírus sobrevive no corpo com possibilidades de transmissão, e a medida deve evitar novas infecções.
Devido à fragilidade do sistema imunológico, a doença costuma ser mais comum e agressiva na faixa etária de até cinco anos. Entretanto, de forma menos agressiva, pode atacar também indivíduos mais velhos com certa deficiência imunológica, podendo estes também servirem com vetores. Por isso, deve-se procurar os postos de saúde no primeiro indício de doença.
Não existe vacina contra a enfermidade e o tratamento ocorre apenas de forma sintomática. “É uma doença comum no país, com diversos casos registrados por ano. Mas em 12 anos como secretário de Saúde, nunca havia visto tantos casos simultâneos”, afirma o secretário, que sinalizou também que a Epidemiologia e a Vigilância Sanitária trabalham para tentar descobrir a origem do surto e prevenir novos casos.
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