Segurança na estrada

Trechos das BRs 293 e 392 têm radares de velocidade inativos

Dos seis dispositivos instalados em próximos a Pelotas e Capão do Leão, apenas um está em operação

Foto: Carlos Queiroz - DP - Situação acaba colocando motoristas em risco

Por Victoria Fonseca
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(Estagiária sob supervisão de Vinicius Peraça)

Com radares inativos, na maior parte do trecho da BR-392 em Pelotas e na BR-293 em Capão do Leão não há medidores de velocidade e monitores realizando fiscalização do trânsito em locais da rodovia de intensa movimentação. Conforme último levantamento do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), em 2021, anualmente mais de um milhão de veículos passam por estas vias. Além disso, o órgão aponta como critério para a existência dos equipamentos nestes pontos o conflito entre pedestres e automóveis.

Apesar das placas informarem próximo aos radares que no segmento da BR-392, na avenida Presidente João Goulart, entre o viaduto da BR-116 e a Estação rodoviária, há fiscalização eletrônica de veículos e que o limite de velocidade é de 50 km/h, basta observar o local por alguns minutos para perceber que o limite não é respeitado. Isso porque ao longe já é possível observar que as telas dos radares estão desligadas, ou seja, o monitoramento não está sendo feito.

No trecho, dos seis controladores de velocidade instalados, apenas um está operando, perto da Rodoviária, no sentido Centro-Fenadoce. Em alguns dos dispositivos, os fios que deveriam estar conectados à rede elétrica estão cortados. Na extensão, além do grande fluxo de caminhões, há a entrada e saída de ônibus intermunicipais.

Áreas de risco

Os locais para a instalação dos radares são escolhidos conforme estatísticas do risco de ocorrência de acidentes. Na porção da BR-293 que fica localizada em Capão do Leão, foi preciso mobilização de moradores do bairro Cidade Fragata para a colocação dos equipamentos na via devido aos atropelamentos de pedestres.

"Tinha também muitos animais ali soltos, o que acabava prejudicando os próprios motoristas, que vinham muito rápido e poderiam ser levados ao óbito por causa de um cavalo ou alguma coisa", diz o diretor do Departamento de Transporte e Trânsito do Município, Alex Falconi.

De acordo com Falconi, o equipamento no local está desativado desde setembro do ano passado. Assim como outros dois dispositivos daquele trecho da rodovia. O diretor ressalta que, após a colocação dos radares, o número de acidentes diminui consideravelmente.

Segurança comprometida também por vandalismo

O chefe da 7ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Sérgio Bilhalva, complementa dizendo que os radares são importantes em razão dos moradores do bairro leonense utilizarem o acostamento para transitar, assim como muitos pedestres realizam a passagem de um lado para outro da via.

Ele explica que os redutores eletrônicos inibem os excessos de velocidade, por consequência acabam por diminuir o número de acidentes. Ele diz ainda que por diversos períodos os equipamentos ficaram inoperantes por causa de furtos de fios.

Procurado pela reportagem o Dnit enviou manifestação alegando que os equipamentos da rodovia foram alvo de vandalismo, motivo pelo qual estão paralisados. A autarquia diz ainda que a empresa responsável pelos radares está ciente do problema e periodicamente realiza o reparo/substituição dos dispositivos. No entanto, não foi informada uma previsão de normalização da operação.

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