Ensino

UFPel avança na efetivação de Turma Especial de Medicina via Pronera

A universidade está em estágio de levantamento de demandas necessárias para a construção do projeto pedagógico do curso

Foto: Jô Folha - DP - Universidade busca avançar na efetivação de Turma Especial de Medicina

A Universidade Federal de Pelotas (UFPel), através da reitora Isabela Andrade, participou de uma reunião na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Brasília. A reitora se reuniu com a presidente substituta do Incra e diretora do Programa, Débora Mabel Nogueira Guimarães, e a gestora nacional do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), Clarice Santos. O encontro foi realizado no intuito de avançar na discussão sobre a criação de uma nova turma especial de Medicina na universidade, por meio do Pronera.

Durante a reunião, foi fortalecido o discurso de apoio às turmas especiais de Medicina Veterinária já consolidadas na universidade, além de reiterar o interesse na nova implementação da turma de Medicina por meio do Pronera. No decorrer da conversa, a presidente substituta do Incra manifestou o interesse na proposta, destacando a previsão do Curso de Medicina nos projetos de Nível Superior em documento que regulamenta o valor máximo financiável por estudante/ano no Pronera. "Estamos trabalhando com empenho para viabilizar a iniciativa", disse a reitora Isabela Andrade.

Atualmente, a UFPel está em estágio de levantamento de demandas necessárias para a construção do projeto pedagógico do curso, processo que é coordenado por uma comissão constituída pela Reitoria. De acordo com Isabela, a próxima semana será marcada por uma nova reunião com representantes do Incra. Contudo, não há previsão de efetivação da ideia. "Não temos, ainda, uma dimensão temporal acerca da concretização deste desejo", expôs.

Parâmetro atual de apoio

A reitora destaca que a proposta ainda enfrenta rejeição dentro da UFPel. "Infelizmente temos ainda sofrido resistência imotivada de espaços internos da Universidade que, de forma não usual para um ambiente plural e democrático que deve caracterizar nosso meio, sequer permitiu o debate maduro e sereno da ideia", observou a reitora. "Ao mesmo tempo, temos tido integral apoio de diversos espaços da administração federal e de entidades estudantis."

Relembre o caso

Em junho, a Reitoria da UFPel se encontrou com representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da Faculdade de Medicina, Psicologia e Terapia Ocupacional (Famed), e projetou a abertura de turmas de Medicina na UFPel para assentados da reforma agrária, seguindo os passos das turmas especiais abertas no curso de Medicina Veterinária, e com financiamento do Pronera.

A reação da classe médica veio em seguida. Na época, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) emitiu uma nota repudiando a possibilidade da criação da turma. Na nota, o sindicato deixou claro que é contrário à expansão de vagas "sem parâmetros e pressupostos que garantam qualidade à formação". A Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs) manifestou "perplexidade" com a possibilidade de "direcionamento da formação médica para castas sociais".

Veto da Famed

Em agosto, a Famed se posicionou contrária à proposta. O argumento foi de que a inserção de um número maior de alunos agravaria problemas que estariam sendo enfrentados atualmente por conta da falta de infraestrutura e de professores. Apesar do veto do colegiado, no entanto, a Reitoria afirmou que seguiria com as tratativas para viabilizar a proposta.

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