Cuidados
UFPel monta equipe para tratar casos de fibrose cística
Espaço contará com médicos, enfermeiros, assistente social para atender na ala pediátrica do curso de Medicina da universidade
Paulo Rossi -
Num corredor no segundo pavimento da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), pelo movimento de crianças correndo nos corredores e pela decoração do ambiente, com paredes coloridas e brinquedos, é possível identificar que trata-se de um Ambulatório da Pediatria. Será neste local que, a partir de hoje entra em funcionamento o primeiro ambulatório do interior do Rio Grande do Sul para tratar exclusivamente de casos de fibrose cística.
No Brasil, os especialistas em pneumopediatria estimam que há um caso a cada 7,5 mil pessoas com mais recorrência na região sul do país. Isso em função da doença ser mais comum em descendentes de europeus causcasianos. Hoje, o único centro multidisciplinar que lida com este tipo de efermidade atende mais de 100 pacientes, entre crianças e adultos, em Porto Alegre. A ideia é capitaneada pela pneumopediatra Juliana Seibert e vai envolver toda uma equipe de diferentes profissionais da saúde.
O ambulatório especializado atenderá cinco pacientes que já realizavam tratamento em Porto Alegre. Juliana Seibert acredita que, com ampla divulgação dos sintomas e do conhecimento a respeito da doença entre os pediatras facilitará o encontro de novos casos. A ideia do ambulatório é promover atividades com pediatras de toda a região sul do Estado para ampliar o que se sabe a respeito da doença, dos diagnósticos e tratamentos disponíveis.
A doença pode ser diagnosticada no teste do pezinho e precisa ser confirmada em outros exames. "O quanto antes for descoberto, menos consequências terá o paciente ao longo da vida", indica Juliana. A doença atinge principalmente o pulmão e o sistema gastrointestinal. A cada infecção pulmonar, por exemplo, e que são recorrentes em portadores da efermidade, partes do pulmão vão se deteriorando, explica a especialista, o que torna a doença muito grave pelas consequências que ela pode causar no organismo. "Se o caso é diagnosticado logo no início, o paciente pode ter uma vida normal", informa Juliana.
O tratamento envolve medicamentos e até fisioterapia respiratória, que é ensinada aos pais nestes centros ambulatoriais, incentivando atividades em casa. Outra questão do tratamento é a alimentação. Quem possui fibrose cística também deve possuir uma alimentação hipercalórica e hiperprotéica pela dificuldade de absorção dos nutrientes. Isso também explica a presença de nutricionistas na equipe para o tratamento.
O que é
A fibrose cística uma doença genética com um frequência, no Brasil, de um caso a cada 7,5 mil pessoas. É mais frequente em descendentes de europeus causcasianos. Quem sofre da doença apresenta infecções frequentes e até mesmo pertinentes, dificuldade de contrair peso apresentando até mesmo desnutrição em alguns casos, secreção desidratada.
Como identificar
A Fibrose Cística pode ser identificada no teste do pezinho. Juliana reforça que são necessários mais testes em função de o teste, sozinho, as vezes apontar um falso positivo. Os casos são confirmados com o teste do suor, quando são medidos os níveis de cloro na transpiração. Se confirmada a irregularidade, os médicos aconselham a realização de um terceiro exame, chamado de teste genético, para compreender o nível da doença e a gravidade para o planejamento de um tratamento.
Equipe formada pela UFPel
- Juliana Seibert - pneumopediatra responsável pelo ambulatório multidisciplinar
- Cristiane Hallal - gastropediatra
- Claudia Lorea - geneticista
- Simone Pacheco - nutricionista
- Amilcare Vechi - pneumopediatra responsável pela internação
- Manuela Valente - assistente social
- Simone Homsy - bioquímica
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