Campanha
Uma corrente por João Vitor
Menino de sete meses precisa que uma cirurgia seja feita para correção de doença que causa deformidade no crânio; procedimento custa R$ 56 mil
Carlos Queiroz -
O pequeno João Vitor precisa de ajuda. A criança de sete meses foi diagnosticada com craniossinostose, doença que provoca o fechamento prematuro de suturas do crânio, fato que pode causar deformidades na cabeça e afetar áreas do cérebro. Para a correção, é necessária uma cirurgia, que deve ser feita até que João complete um ano de idade. O procedimento é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas não há prazo para que seja liberado. Na rede particular a cirurgia é oferecida por R$ 56 mil, valor que os pais não têm condições de arcar. Para que o problema seja solucionado com a urgência necessária, uma rifa está sendo organizada para ajudar a criança.
A mãe, Núbia Oliveira, conta que a suspeita da doença surgiu após uma consulta de rotina com a pediatra do menino, que recomendou a ida a um especialista em neuropediatria. Após o resultado do exame de tomografia computadorizada, veio o diagnóstico: sinais de craniossinostose na sutura sagital e sinais de escafocefalia. Na ocasião, o menino ainda estava com cinco meses.
Com isso, Núbia solicitou atendimento à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que encaminhou o caso para consulta com um especialista no Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, em Porto Alegre. Um papel mostra a data em que o início do procedimento para a marcação da consulta foi efetuado, no dia 8 de agosto. "A gente pensou que ia ser mais um passo para a solução", revela. Mais de um mês depois, em 18 de setembro, houve a confirmação do diagnóstico pelo médico e a informação de que o hospital não realiza o procedimento. Desde então, Núbia afirma que espera pelo contato da SMS de Pelotas, com a confirmação do novo local que corrigirá o problema de João. "O que a gente quer é a cirurgia o quanto antes", desabafa a mãe, em entrevista ao Diário Popular.
"Ele não para nunca, gosta de brincar", revela a avó do menino, Eduvirges Oliveira, que veio de Santana da Boa Vista, acompanhada do marido, Arturino da Rosa, para cuidar do neto nos períodos em que a mãe sai para trabalhar. Núbia diz que o médico da capital gaúcha confirmou que o desenvolvimento do menino é normal até que ele complete o primeiro ano de vida. No entanto, caso a correção da doença não seja feita, o problema pode afetar o pequeno João. "O médico falou que está na hora de fazer a cirurgia, ele está no tamanho e peso ideal." destaca. A família não dispõe de plano de saúde nem de condição financeira para custear os R$ 56 mil necessários à cirurgia em rede particular.
A mãe de João conta que procurou ajuda também no Ministério Público estadual e ainda aguarda resposta do órgão.
O que diz a SMS?
Em nota, emitida na última sexta-feira, a SMS informou que "está buscando junto ao governo do Estado, o encaminhamento do paciente ao Hospital da Criança Santo Antônio, também em Porto Alegre, onde o procedimento será realizado", e que está acompanhando o caso. Quanto a uma estimativa de prazo para a cirurgia, a Assessoria de Comunicação (Ascom) da prefeitura informou que a marcação é realizada pelo Gercon, sistema do governo do Estado, e que a SMS pediu para que o agendamento seja feito rapidamente. Na segunda-feira, a Ascom liberou mais uma nota informando uma nova consulta com neurocirurgião para o próximo dia 11. Contudo, ainda segue sem data para a cirurgia.
O que é craniossinostose?
De acordo com a Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), a cranioestenose ou craniossinostose é o fechamento prematuro de uma ou mais suturas - linhas que formam as divisões - do crânio. A condição impede o desenvolvimento do cérebro e pode acarretar em deformidades na cabeça e graves lesões neurológicas na criança. A doença inicia-se ainda na fase de embrião e pode ser por causa hereditária, intrauterina ou infecciosa, ou mesmo pelo uso de determinados medicamentos durante a gravidez.
Como ajudar?
Para ajudar o menino João Vitor a realizar a cirurgia, uma rifa está sendo comercializada no valor de R$ 10,00, com sorteio no dia 6 de novembro pela Loteria Federal. A aquisição da rifa e dos ingressos pode ser feita pelo telefone (53) 98419-1721. Há, ainda uma vaquinha on-line para arrecadação dos recursos. As doações podem ser feitas pelo link https://www.vakinha.com.br/vaquinha/amigos-do-joao-vitor.
Qualquer quantia também pode ser doada por conta bancária na Caixa Econômica Federal em nome de Núbia Oliveira da Rosa, agência 0856, operação 013, conta 8182-1.
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