Proteção

Vacinação contra a febre aftosa começa em maio

Animais do rebanho gaúcho devem receber duas doses; ano passado, cobertura atingiu 98%

Divulgação -

Com o objetivo de manter o Estado e o país como zonas livre da febre aftosa, a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação vacina anualmente os rebanhos gaúchos. Em 2017, as duas etapas da campanha, em maio e novembro, tiveram cobertura no Estado de 98,92% e 97,93%, respectivamente. 

Em maio o alvo da vacina são bovinos e búfalos, de todas as faixas etárias, inclusive recém-nascidos. Já novembro são os bovídeos com menos de dois anos, inclusive recém-nascidos. O trabalho é administrado pela Coordenação Estadual do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa da Seapi, com base no programa nacional, instituído em 2007, um ano após o país ser declarado como livre da doença. 

De acordo com Fernando Groff, fiscal estadual agropecuário da Seapi, os donos de rebanhos são responsáveis pela compra das vacinas e devem prestar contas à secretaria. O custo fica entre R$ 1,70 e R$ 2,00 por dose (os frascos são de cinco e 50 doses). A nota fiscal de compra da vacina, compatível com a quantidade de animais, somado à classificação de rebanho vacinado como faixa etária e quantidade, é a forma de comprovação. “O proprietário, pessoalmente ou por contratado (técnicos, veterinários) é o responsável por executar a vacinação”, explica. Uma parcela de propriedades - cerca de 25 mil por ano - é acompanhada ou fiscalizada pelo Departamento de Defesa Agropecuária. Nesses casos, a Inspetoria notifica o produtor, para agendar data e hora.

Cerca de 350 mil propriedades integram a campanha, totalizando 13,6 milhões de animais no Rio Grande do Sul. Pelotas possui 49,5 mil bovinos e em torno de 800 búfalos. A região de Pelotas corresponde ao segundo maior rebanho do Estado, perdendo somente para a Região da Campanha, em Bagé e arredores.

Sobre a doença
A febre aftosa é uma doença viral grave e contagiosa, podendo ocorrer em bovinos, suínos, ovinos e caprinos. Cavalos, cachorros, gatos ou seres humanos não são atingidos. A preocupação em torno do problema é mundial, já que a enfermidade tem potencial de se espalhar rapidamente pelos rebanhos e causar grandes perdas econômicas ao produtor, especialmente de leite e carne. Pelo fato de ocorrer em várias partes do mundo e ainda ser um problema incontrolável em alguns países, sempre há um risco de reintrodução do vírus em zonas livres. O Brasil não registra casos desde 2006, e o Rio Grande do Sul desde 2001. Os países limítrofes ao Estado estão sem ocorrências há mais de quatro anos.

Os sintomas mais visíveis da doença incluem vesículas (como bolhas) que estouram rapidamente, causando severas erosões na boca ou nas patas e salivação excessiva e claudicação (manqueira). Já com a vacina, como a maior parte dos bovídeos estará protegida, o vírus encontra dificuldade em se espalhar, facilitando o controle da doença.

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