Internacional
Venezuela pode ser suspensa da OEA
Nesta segunda, ministro brasileiro falou sobre a possível suspensão do país, reforçada pelos Estados Unidos
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, pediu nesta segunda-feira (4) a suspensão da Venezuela da Organização dos Estados Americanos (OEA). O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Aloysio Nunes Ferreira, adotou discurso semelhante, ao dizer que o país vizinho poderia ser supenso "se descumprir os princípios baseados no respeito à democracia e à liberdade", que estão na carta democrática da organização.
“Essa suspensão não seria um objetivo em si mesmo. Mas iria mostrar que a OEA sustenta suas palavras com ação e iria mandar um sinal poderoso ao regime de Maduro: só eleições reais vão permitir que seu governo seja incluído na família das nações”, disse Pompeo, ao participar da assembleia geral anual da organização, realizada neste ano em Washington.
O ministro brasileiro, Aloysio Nunes, manteve o mesmo tom no discurso. “A Venezuela subscreveu esse compromisso. Ela tem um engajamento. E subscreveu livremente, assim como o Brasil. Então, isso não pode ficar letra morta. Na medida em que a Venezuela descumpre esse compromisso, que é fundamental, não há alternativa a não ser a suspensão”, afirmou.
Para o ministro, a libertação dos 79 presos políticos da Venezuela diminui a pressão sobre o país na organização, mas não pode ser uma “porta giratória”, ou seja, “um sai da cadeia e outro entra”. Ele se referiu a uma espécie de substituição de nomes entre presos.
Conforme lembrado pelo secretário norte-americano, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, já havia pedido a suspensão da Venezuela da OEA no mês passado com base no descumprimento da Carta Democrática Interamericana. Além da suspensão, o secretário de Estado pediu que os países membros da OEA apliquem pressão adicional ao regime do presidente Nicolás Maduro, incluindo sanções e mais isolamento diplomático.
O representante da Venezuela junto à OEA, Jorge Arreaza, acusou os Estados Unidos de usarem a crise econômica para justificar uma intervenção externa no país. “Nenhum império vai colocar os pés na Venezuela, disse Arreaza.”
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