Marcelo Dutra Silva
As boas práticas dos negócios precisam ser conhecidas e compartilhadas
Marcelo Dutra Silva
Ecólogo | [email protected]
A todo momento surge uma nova abordagem sobre as práticas ESG e como vêm sendo aplicadas no ambiente de negócios, nas corporações de grande porte e organizações menores. Independentemente do tamanho e do setor, não importa, a necessidade de ser sustentável não deixa ninguém de fora. E ninguém está. Toda empresa tem algum tipo de iniciativa ou prática ESG incorporada na natureza do negócio, basta refletir um pouco sobre a política de relacionamento, cuidados legais e como a empresa se comporta diante das mudanças e exigências de um tempo que valoriza, para além do impacto financeiro, os valores, a essência e o propósito do negócio.
Empresas de toda parte, independente do quanto estão familiarizadas com os conceitos da sustentabilidade, mesmo que desconheçam a importância de suas práticas, as adotaram por alguma razão. Algumas porque talvez sejam sensíveis à tendência de um mercado consumidor consciente, outras porque viram vantagem na imagem e encaram como material de marketing, também tem as que só queiram economizar na conta de luz e de água... O fato é que a maiorias parece não saber que práticas adotadas dialogam ou não com as diretrizes ESG de responsabilidade socioambiental.
A falta do conhecimento das práticas adotadas pelas empresas que se interseccionam com a sustentabilidade motivou o trabalho de pesquisa que terá início no próximo mês, na Universidade Federal do Rio Grande (Furg), por meio do Laboratório de Sustentabilidade Corporativa ESG, de investigação das práticas de sustentabilidade embarcadas em micro e pequenas empresas do ecossistema econômico de Rio Grande. O estudo deve avaliar duas mil empresas, incluindo pequenos negócios da produção primária, indústrias e prestadores de serviço.
Muitas dessas empresas são fornecedoras de empresas maiores, inclusive de corporações do conglomerado portuário. E estas empresas, mais maduras, com práticas ESG adotadas há mais tempo, são exigidas a se relacionar com corporações menores que também estejam seguindo o mesmo protocolo de sustentabilidade. É o famoso capitalismo dos stakeholders, em que práticas sustentáveis são marcadas pelo relacionamento construído ao longo da cadeia de negócios.
Portanto, quando uma empresa já está atualizada, inserida nas práticas de sustentabilidade e ou mesmo possui uma agenda ESG isso quer dizer que esta empresa tem mais chances de fazer novos negócios, novas pontes e interagir na teia da cadeia de negócios com muito mais sucesso. Além disso, empresas que encampam boas práticas, tornam-se mais adaptadas, mais resistentes e menos sujeitas aos reveses das adversidades do mercado. Em resumo, empresas que adotam melhores práticas são empresas mais saudáveis.
O ESG chama as empresas para a necessidade de mostrar que práticas adotaram, divulgar tudo com o máximo de transparência e procurarem saber que outras práticas poderiam ser embarcadas na organização do negócio. Faz mais diferença para as que mostram mais, para as que se tornam empresas responsáveis, que se pautam pelo propósito, pelo impacto positivo na sociedade, sensíveis ao interesse social, ao meio ambiente e mudanças impostas pelo mercado. O futuro é o que no move e alguns já estão correndo.
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