A dengue chegou com tudo, mais uma vez. Os casos vêm em alta no País inteiro e na Zona Sul a situação é de alerta também por aqui, na Zona Sul do Estado. É momento de cobrar do poder público ações cada vez mais assertivas que ajudem no combate ao Aedes Aegypti e sua proliferação. Mas é importante também que cada cidadão faça sua parte. É o tipo de situação em que a colaboração da comunidade pode gerar ainda mais impacto do que os órgãos de saúde, já que, evitando a presença de água parada, se evita a presença do mosquito.

No entanto, é bastante comum ver ainda muita gente nem aí para isso. Olhe você, leitor, para o próprio pátio, mas repare também nos lugares que circula. Note se um vizinho, se no seu trabalho ou na casa de amigos e familiares não há o vasinho que enche de água, o pneu parado, a piscina vazia, enfim. Foi o que os moradores de um condomínio do Fragata fizeram nos últimos dias e chamaram o Diário Popular para ajudar a expor o absurdo que são as piscinas do Farroupilha. Mesmo que o clube argumente que há cloro no espaço e que o cuidado é feito, no momento em que a gente vive enquanto sociedade, nos aproximando de mais uma emergência em saúde logo após uma tão traumática pandemia, é absurdo alguém deixar água parada assim.

Já falamos aqui muitas vezes que o poder público deve ser sempre cobrado, e constantemente os editoriais do DP são até criticados por "bater forte demais". E estaremos prontos para seguir cobrando quando houver alguma irresponsabilidade. No entanto, a população tem que lembrar que tudo passa por ela também. Como foi com a Covid-19, agora a prevenção e cuidado com a dengue têm na ação de cada indivíduo uma arma para combater a doença. É só querer e, por mais que não seja algo contagioso de pessoa para pessoa, é também uma atenção coletiva evitar a presença do mosquito.

Portanto, caro leitor, tire o dia para prestar atenção no seu entorno. Evite água parada, vire os vasinhos de planta, dê um olhada no pátio de casa, do condomínio, do trabalho, enfim. Faça a sua parte para que a gente não precise, novamente, viver com temor de uma ameaça em saúde que afete o desenvolvimento de nossa sociedade e a normalidade da vida.