Polêmica

Vereadora de Santa Vitória é acusada de ofensa

Mulher que estava na Câmara do Município alega teria sido chamada de "prostituta" por Viviane Muller (PT), que nega

Foto: Divulgação - SVP - A vereadora Viviane Muller nega acusação

Atualizado às 10h51min para acréscimo de informações no penúltimo parágrafo


Uma moradora de Santa Vitória do Palmar acusa a vereadora Viviane Muller (PT) de ter lhe proferido um xingamento na sala de espera da Câmara, sem motivo aparente. Segundo Viviane Mirapalhete Rodrigues, 31, ela estava na recepção da casa legislativa aguardando atendimento por parte de um vereador quando a petista entrou em outro gabinete e teria dito as palavras a uma assessora. De acordo com o boletim de ocorrência (BO) feito pela acusadora, a vereadora teria dito "aquela ali sentada é a prostituta". A parlamentar nega ter dito isso.

Viviane diz que sequer conhecia a vereadora. Segundo ela, ao ouvir as palavras, olhou em direção à parlamentar, constrangida, e a assessora estava olhando de volta. "Foi gratuito, até porque não conheço ela, acredito que não me conhece também para fazer uma ofensa tão pesada. Me senti humilhada." Viviane diz que fez o BO para buscar reparação e amanhã terá uma reunião para aconselhamento jurídico.

A vereadora Viviane Muller informou à reportagem que irá permanecer em silêncio por orientações jurídicas. No entanto, negou a acusação e disse que as medidas cabíveis estão sendo tomadas, sem adiantar quais seriam. Hoje, o plenário da Câmara deverá analisar a situação para definir se envia o caso ao Conselho de Ética.

Assessora teria confirmado
A presidente da Câmara de Vereadores, Fabiana Prietsch Braga (PDT), disse que conversou com a assessora e que esta confirmou ter ouvido as palavras. No entanto, Fabiana diz que, em um primeiro momento, a assessora também foi acusada, mas posteriormente a acusadora teria reformulado a versão. "Por ter essa divergência de depoimentos internos na Câmara, a gente está seguindo o rito", explica. No entanto, diz que a funcionária teria confirmado que ouviu a vereadora Viviane proferir as palavras, mas não teria participado. "[Ela disse] que ela não participou de nada, mas que ela teria escutado a vereadora falar, sim", afirma Fabiana. Procurada novamente pela reportagem, Viviane Rodrigues diz que a assessora, de fato, somente teria ouvido a injúria.

Internamente, a vereadora teria dado a versão de que estava dentro de seu gabinete, falando de outro caso, que envolvia uma "garota de programa", sem usar a palavra prostituta, segundo Fabiana. Agora, a presidente diz que a Câmara seguirá o rito legislativo. Hoje a assessoria jurídica entrega a análise solicitada pela Presidência e esta irá ao plenário para votação para que os demais vereadores analisem se deve ser aberta investigação na Comissão de Ética.

Polícia não pretende investigar
Delegado que recebeu a denúncia, Lucas Lima aponta que, por injúria ser uma queixa-crime, privada, foi feita a ocorrência, mas que a responsável pelo boletim deverá procurar advogados para buscar os direitos. "A delegacia, em si, não toma providência em diligências em relação a isso. Porque foi situação de injúria, ela se sentiu ofendida na honra privada dela, e o Estado não diligencia a esse ponto."

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