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Resenha
Apenados da Perg falam sobre racismo e dificuldades no atual sistema
O objetivo é falar e discutir os problemas que afetam os jovens todos os dias em suas comunidades.
Divulgação Assessoria - Chendler e Rodrigo levam o programa até a penitenciária
A Penitenciária Estadual de Rio Grande (Perg), recebeu mais uma edição do Resenha Jovem, realizada pela assessoria da deputada estadual Bruna Rodrigues (PCdoB). Em formato de roda de conversa, com o tema "Racismo, dificuldades, oportunidades e o lugar da juventude periférica no atual sistema capitalista" os assessores parlamentares da primeira deputada estadual negra, da história da Assembleia Legislativa do RS, Chendler Siqueira, Rodrigo Sabia e Marcelo Dias, conversaram com os internos das quatro galerias masculinas e a ala feminina da Perg.
O Resenha Jovem é um evento pensado para reunir jovens, em sua maioria periféricos, especialistas de diferentes assuntos, lideranças comunitárias e autoridades, para uma roda de conversa com o objetivo de apresentar, falar e discutir os problemas que afetam os jovens todos os dias em suas comunidades.
Conforme apresentação de Chendler Siqueira, militante dos movimentos sociais e culturais, com foco na comunidade negra e nos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, organizador dessa etapa local do Resenha Jovem, o intuito era levar experiências positivas de vidas, de pessoas que de alguma forma tiveram alguma relação com a vida prisional, e demonstrar que outras possibilidades são possíveis e bem sucedidas.
"Nossa intenção não é dar lição de moral ou pregar o caminho que cada um deve seguir ou não, mas sim oportunizar o conhecimento das experiências de vida de outras pessoas reais, como elas, que tiveram caminhos semelhantes aos internos, mas que conseguiram construir outras possibilidades" pontuou Siqueira.
"Meu colega Rodrigo é egresso do sistema carcerário, sabe do que está falando e como conseguiu superar a vida do crime, e eu, embora não seja egresso, sou órfão desse sistema, onde meu pai subiu a Perg em 1997 e só saiu para falecer em 1998. Eu sei o que é ser uma criança sem pai. As lembranças dos dias de visita e da revista íntima, traumatizante daquela época, para uma criança de 05 anos e o estigma de viver em uma sociedade que também criminaliza os familiares dos detentos. O medo de minha avó que eu seguisse pelo mesmo caminho e como tudo isso me impulsionou para buscar na política formas de modificar efetivamente a realidade nas nossas comunidades" concluiu Chendler.
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