Uma aranha-do-mar, conhecida cientificamente como Colossendeis megalonyx, foi encontrada e identificada ontem por agentes da Receita Federal em Chuí. O animal exótico, já morto, foi despachado como encomenda postal por meio da agência dos Correios da cidade e com o volume declarado como “livro”. Transportado em uma caixa de papelão, tinha como destino o estado de Minas Gerais. 

O animal, que tem envergadura das pernas com cerca de 40 a 50 centímetros, pode ser encontrado no fundo do mar. O espécime foi entregue para o Núcleo de Fauna do Ibama no Estado, que preliminarmente identificou a espécie, após confirmada a sua irregular internalização, uma vez que inexistia a documentação pertinente. 

O órgão ambiental dará prosseguimento às investigações. Caso confirmado se tratar de uma espécie exótica de introdução e criação proibidas no Brasil, os envolvidos poderão responder por biopirataria.

Esta não foi a primeira vez que os agentes da Receita Federal se depararam com um animal exótico, transportado irregularmente como encomenda. No dia 11 de abril, em uma ação de fiscalização, os agentes localizaram um lagarto da espécie Gecko Leopardo em um pacote no bagageiro de um ônibus em Chuí. A criação dessa espécie é proibida no Brasil e a descoberta ocorreu quando o veículo chegava à rodoviária da cidade.

Em Pelotas
Enquanto no Chuí a equipe da Receita Federal apreendia mais um animal exótico, em Pelotas, em uma operação ocorrida no Centro de Distribuição dos Correios, foram apreendidas mercadorias de procedência estrangeira que estavam desacompanhadas de documentação legal que comprovasse a regular importação.
Foram retidas encomendas contendo acessórios e antenas para captação de internet por rádio que seriam entregues em município da jurisdição da Receita Federal de Pelotas e duas encomendas contendo bebidas destiladas que sairiam de Pelotas para outros estados da federação, além de perfumes e jarras elétricas.
Nos volumes das bebidas a fiscalização detectou a presença de rum e uísque que no mercado nacional atingem valores, em média, de R$ 400 a R$ 1 mil a garrafa. A mercadoria foi apreendida.