Em busca de combater o déficit habitacional, mais duas cidades da Zona Sul, além de Pelotas e Rio Grande, foram contempladas por programas de moradias populares. Em São Lourenço do Sul o convênio para a construção de 34 imóveis foi formalizado com o governo do Estado, por meio do "A Casa é Sua". Atualmente o déficit na cidade é de 327 casas. Já o projeto de Canguçu composto por 120 apartamentos foi selecionado pelo Minha Casa Minha Vida (MCMV). O Município ainda aguarda a aprovação do Minha Casa Minha Vida Rural.

A seleção dos dois municípios nos programas é resultado de uma necessidade que ambos têm de ampliar as iniciativas de habitação frente a uma lacuna de mais de dez anos sem a construção desses empreendimentos sociais. Em São Lourenço do Sul, o último loteamento de 56 casas foi executado frente a uma cheia que atingiu parte da população. De acordo com o prefeito Rudinei Harter (PDT), a cidade esperava um convênio com o Estado de outras 56 casas. Entretanto, o número apresentado foi de 34.

Os novos imóveis serão localizados no bairro Arthur Kraft e a previsão é que em fevereiro as obras já sejam iniciadas. "Até o final do ano ficou indicado que 25% do recurso irá vir e já estamos preparando a licitação para começar construir as casas imediatamente", diz o prefeito. A contrapartida do Município deverá ser de aproximadamente R$ 800 mil e o investimento do Estado será de R$ 2,5 milhões. Além disso, todos os futuros moradores beneficiados já estão devidamente cadastrados conforme os parâmetros do programa A Casa é Sua, que dá prioridade na seleção para mulheres chefe de família, pessoas com deficiência e idosos.

Para combater o máximo possível o déficit habitacional, o Município ainda aguarda a aprovação do projeto cadastrado no Minha Casa Minha Vida, composto por mais 42 moradias, no mesmo bairro. "Não temos previsão, mas estamos na expectativa, a Caixa esteve aqui, eles analisaram a área, está bem adiantado e estamos confiantes de que elas irão vir", ressalta Harter.

Canguçu

Sendo um dos primeiros municípios que realizou a inscrição no novo Minha Casa Minha Vida, Canguçu teve seu projeto aprovado recentemente pelo governo Federal. Com isso, 120 residências destinadas à Faixa 1, pessoas com renda bruta familiar mensal de até dois salários mínimos, deverão sair do papel em breve. "Só estamos aguardando o repasse do recurso para a execução. Eles já executaram o orçamento para cidades com acima de 60 mil habitantes, então acredito que no próximo orçamento já esteja Canguçu", declara o vice-prefeito, Cledemir Gonçalves (MDB).

O último conjunto habitacional entregue, em 2014, com 360 apartamentos, em Canguçu, não conseguiu atender todas pessoas cadastradas na lista de interesse das moradias. Da mesma forma, na Zona Rural, o déficit também é um problema social com uma intensa demanda por moradias próprias, principalmente de agricultores familiares e quilombolas.

Diante disso, o Município cadastrou 219 residências no programa Minha Casa, Minha Vida Rural e aguarda o parecer favorável da Caixa Econômica Federal (CEF). "Uma das dificuldades que enfrentamos no nosso governo é a habitação com um número deficitário de muito anos. Tem muita gente ainda, tanto no meio urbano quanto rural que não tem imóvel próprio", declara Gonçalves.

Pelotas e Rio Grande

Sendo os primeiros municípios a terem seus projetos selecionados pelo Minha Casa, Minha Vida, Pelotas e Rio Grande estão preparando os próximos passos burocráticos para a construção dos empreendimentos.

Rio Grande, que foi contemplado com 125 moradias, sendo 64 casas que serão construídas na Vila Quintinha e outras 61 novas unidades no bairro Cidade de Águeda, está elaborando o edital para licitação e nos próximos dias deverão ser desmembrados os lotes na Quintinha.

Já Pelotas, foi contemplada com 250 casas em um conjunto na avenida Leopoldo Brod.