Produção

Rio Grande do Sul é único Estado com previsão de aumento da safra em 2024

A safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas deve totalizar 306,2 milhões de toneladas em 2024

Foto:Jonas Oliveira - AEN-PR - Desempenho da segunda safra do milho influenciou no prognóstico de 2024

Por Agência IBGE de Notícias

De acordo com o segundo prognóstico do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado na última quinta-feira (7) pelo IBGE, a safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas deve totalizar 306,2 milhões de toneladas em 2024. Essa produção representa declínios de 0,7% em relação à primeira estimativa feita em outubro, e de 3,2% na comparação com a safra de 2023.

A queda na produção pode ser atribuída, principalmente, à redução na produção do milho 2ª safra, do sorgo e do algodão herbáceo em caroço. Com relação à área prevista, o arroz em casca (4,6%), o feijão (5,3%), a soja (0,1%) e o milho 1ª safra (0,1%) apresentam variações positivas. “O milho, o sorgo e o algodão são mais cultivados na segunda safra, que é plantada após a colheita da primeira. O plantio da primeira safra atrasou devido à falta de chuva em alguns estados, como Mato Grosso. No Sul, por outro lado, choveu bastante, também dificultando o plantio. Assim, pode haver um atraso na colheita dessa safra, reduzindo a ‘janela de plantio’ para a segunda safra, o que reduz sua segurança em termos climáticos. A segunda safra é também conhecida como safra da seca”, explica Carlos Barradas, gerente do LSPA.

Aumento no RS

A produção agrícola em 2024 deve crescer apenas no Rio Grande do Sul (41,2%). As maiores quedas esperadas são no Mato Grosso (-14,6%), em Rondônia (-10,3%) e no Mato Grosso do Sul (-7,4%). “Em 2023 a safra de soja no Rio Grande do Sul foi muito prejudicada pela falta de chuvas. Já em 2024 o cenário é o oposto, então deve haver uma recuperação. No caso de Mato Grosso, como o plantio da soja não foi feito na época ideal, a estimativa da produção do produto também caiu”, acrescenta Carlos Barradas.

Boas estimativas para a safra de 2023 

A pesquisa também traz a estimativa de novembro para a safra de 2023 de cereais, leguminosas e oleaginosas, que alcançou 316,3 milhões de toneladas, 20,2% maior do que a obtida em 2022, o que representa um crescimento de 53,1 milhões de toneladas. A área a ser colhida foi de 77,8 milhões de hectares, apresentando crescimento de 6,3% frente à área colhida em 2022.

O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que, somados, representam 92,6% da estimativa da produção e respondem por 87,0% da área a ser colhida. Em relação ao ano anterior, houve acréscimos na área do milho, algodão herbáceo (em caroço), sorgo, trigo e soja, e diminuições na área do arroz e do feijão.

A estimativa de produção para a soja foi de 151,7 milhões de toneladas. Já para o milho a previsão foi de 131,0 milhões de toneladas (27,8 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 103,3 milhões de toneladas de milho na 2ª safra). A produção do arroz foi estimada em 10,2 milhões de toneladas; a do trigo em 8,9 milhões de toneladas; a do algodão herbáceo (em caroço) em 7,7 milhões de toneladas; e a do sorgo, em 4,3 milhões de toneladas.


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