Encerramento

Chega ao fim a 49ª Feira do Livro de Pelotas

Vendas foram abaixo do esperado, mas avaliação ainda é positiva; expectativa, agora, é pelo próximo ano, que marca os 50 anos de evento

Foto: Italo Santos - Especial DP - Estimativa é que mais de cem mil pessoas tenham visitado a feira

Às 21h deste domingo (19), a patronesse da 49ª Feira do Livro de Pelotas, Maria Cristina Rosa, toca o sino que decreta o fim de mais uma edição do evento. A última tarde não foi de muito movimento, mas a avaliação de expositores e da organização é positiva. A estimativa é que mais de cem mil pessoas tenham passado pela praça Coronel Pedro Osório ao longo da feira.

A presidente da Câmara Pelotense do Livro, entidade realizadora do evento, Elisabete Lovatel, destaca que a presença de autores e as atividades literárias e culturais foram alguns dos pontos fortes da edição deste ano. O engajamento de entidades e do poder público, através da Secretaria de Educação e da Câmara de Vereadores, também impulsionou o movimento da criançada no evento. "Aumentou muito o número de escolas, a gente acredita que passaram em torno de cinco mil alunos por aqui. A gente tava com bastante livro infantil na feira e sabemos que esse público é bem importante de fomentar", acrescenta.

 No geral, apesar do aumento do movimento em relação ao ano passado, as vendas ficaram um pouco abaixo do esperado, principalmente por conta dos dias de chuva. No entanto, a avaliação geral do evento é positiva. Para Elisabete, a Feira é um momento de celebrar atividades que foram realizadas ao longo de todo o ano na cidade, como a iniciativa dos pontos de leitura. "O objetivo é que a Feira seja um momento de encerramento de um trabalho contínuo e eu acho que esse objetivo a gente atingiu muito bem", finaliza.

Chuva atrapalhou
Os dias chuvosos das últimas semanas pesaram negativamente para a Feira este ano. "Essa chuva atrapalhou muito. No dia que mais se teve público nos anos anteriores, esse ano choveu. Chegamos a fechar mais cedo um dia, às 18h e pouco, porque não tinha mais ninguém", avalia um dos expositores, Nilstor Ramm. Segundo ele, o primeiro fim de semana e o feriado do dia 15 de novembro foram os destaques de movimento. "No dia 2 de novembro, que sempre foi o melhor dia, esse ano foi o pior por causa do tempo", lamenta.

 A Feira, que se encerraria no dia 15, chegou a ser prorrogada para este domingo por conta do mau tempo. Ramm avalia que, apesar das vendas na sua banca terem ficado cerca de 15% abaixo dos números da edição anterior, a participação no evento sempre é positiva. "Foi pior de venda, mas a estrutura estava muito boa. Dá trabalho trazer tudo pra cá, mas sempre compensa. Vale a pena porque sempre tem um extra", acrescenta.

Já na expectativa
A preparação, agora, é para o próximo ano, que marca a 50ª Feira do Livro de Pelotas. Para a organização, o momento já é de pensar nas festividades dos 50 anos de Feira. "A gente já tem a aprovação da Lei Rouanet, que acaba nos dando um estímulo para criar coisas novas. Estamos pensando em olhar para todo esse histórico e fazer algumas comemorações. É uma data importante, as pessoas gostam [da Feira] e a gente sabe que o livro tem um potencial muito grande", observa Elisabete.

Os expositores também estão no aguardo pela edição do ano que vem. "A grande expectativa é para 2024, que marca as 50 edições da Feira. Espero, quem sabe, um patrocínio, um movimento grande do poder público para fazer um evento de grandes proporções, conforme a Feira merece", avalia outro expositor, Maurício Duarte, que também avaliou positivamente o evento deste ano.

Os mais vendidos
O pódio dos queridinhos da Feira, este ano, conta com dois livros nacionais. A obra mais vendida foi 'Conversa na Sala', de Martha Medeiros. A realização de uma sessão de autógrafos com a autora, no dia 11 de novembro, trouxe grande movimento para a feira e impulsionou ainda mais as vendas do livro. Em segundo lugar, ficou o romance 'Biblioteca da Meia Noite', de Matt Haig. Completando a lista dos mais vendidos está o livro nacional 'As Aventuras de Mike: A origem de Robson', dos autores Gabriel Dearo e Manu Digilio, que também demonstra a força do público infantil nas vendas da feira.

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