Aos 14 anos, Marina Brauner viveu um 2023 digno de atleta de alto nível. A pelotense foi convocada para a seleção brasileira júnior da modalidade park e encerrou a temporada na 15ª posição do ranking do STU, circuito que reúne os principais nomes do esporte no Brasil. Por outro lado, precisou lidar com a frustração de, devido a uma lesão, ficar fora de dois eventos do STU. Em fase final de tratamento, a jovem renova as metas para 2024 – pensando também na conquista de vaga nos Jogos Olímpicos de 2028.

Em outubro, às vésperas da etapa do Rio de Janeiro do Skate Total Urbe, o STU, Marina recebeu o diagnóstico de rompimento parcial do ligamento de um dos joelhos, após uma queda em treinamento. A projeção atual é de que até o fim deste mês a recuperação esteja completa, permitindo o retorno gradual às pistas – entre elas a Pelotas Skate Park, no Parque Dom Antônio Zattera.

“2023 foi com certeza o ano mais desafiante para mim. [...] Nossa chegada com antecedência para os treinos do On Tour [etapa do Rio de Janeiro] fez com que eu estivesse muito segura para participar da final. Infelizmente na véspera eu tive uma queda que inviabilizou o restante do ano”, lamenta.

Futuro próximo e distante

Sobram experiências do ano que se aproxima do fim. A atleta participou de etapas do STU em Criciúma, Porto Alegre e São Paulo. Aparece com protagonismo em uma classificação repleta de skatistas de destaque mundial na modalidade park, como Isadora Pacheco, Sofia Godoy (gaúcha de Campo Bom), Dora Varella, Yndiara Asp e Raicca Ventura, por exemplo.

“A notícia do rompimento parcial do ligamento do joelho foi um momento difícil, mas com certeza veio para me trazer muitos aprendizados como pessoa e atleta”, resume Marina. Agora, o primeiro objetivo será a volta ao circuito do STU, que reinicia em fevereiro. O ano é olímpico e a pelotense não estará nos Jogos de Paris, porém o projeto pessoal de longo prazo inclui as Olimpíadas de Los Angeles, em 2028.

Paulo Brauner, pai de Marina, é enfático ao falar das metas. “O projeto é pontuar nas competições nacionais, competir nas competições válidas para o ranking mundial [que contam pontos para as Olimpíadas], continuar na seleção brasileira e trabalhar muito duro para o sonho de Los Angeles”.

Patrocínio e evolução

Mentor e atualmente treinador local de Marina, responsável por suporte técnico a ela em Pelotas, Emanuel Bueno, da Nova Geração Skate (NGS), ressalta o desafio constante da busca por recursos financeiros. O próximo ano será de muitas viagens, portanto parcerias para patrocínios farão a diferença. Emanuel corrobora a projeção da temporada.

“A nossa perspectiva é aumentar o ranking do STU, subir a posição. Além disso, evoluir no skate. Em 2028 tem as Olimpíadas na Califórnia e a Mai está cada vez mais preparada, não apenas na técnica do skate, mas muito mais madura, consciente. Nosso foco é participar de todas as etapas do STU”, afirma.

Além do suporte familiar e da NGS, Marina Brauner conta também com os trabalhos do fisioterapeuta Antônio Machado, do preparador físico Léo Previne e do médico João Pedro Marques para a finalização da recuperação da lesão.