Análise

Conheça o estilo das equipes de Fabiano Daitx

Ainda sem reforços anunciados para a próxima temporada, entenda como o treinador xavante costuma montar seus times ao longo da carreira

Foto: Carlos Queiroz - DP - Técnico gosta de suas equipes fortes fisicamente

Ainda sem nenhum nome anunciado para a próxima temporada, a comissão técnica xavante liderada por Fabiano Daitx segue focada na busca por jogadores. Na última entrevista concedida pelo treinador, Daitx disse na semana passada que já tinham 11 nomes confirmados. 

Passados sete dias, nenhum jogador foi oficializado. Existem nomes que parecem estar encaminhados, como o zagueiro Yuri Bigode e os atacantes Vini Charopem e JP Bardales. A pré-temporada está agendada para iniciar no dia 20 de novembro. O Brasil deve ser o primeiro time do Campeonato Gaúcho a começar os trabalhos de campo.

Enquanto não inicia a pré-temporada e o departamento de futebol rubro-negro segue focado na busca por reforços, a reportagem do Diário Popular conversou com o pelotense Vinicius Guerreiro, jornalista e um dos proprietários da Pressing Performance, empresa de análise de desempenho de jogadores, para falar sobre como Fabiano Daitx costuma montar as suas equipes ao longo da carreira.

Guerreiro explicou como o time de Daitx joga com a bola, sem a bola, como se adapta ao elenco, os esquemas táticos utilizados, entre outros temas.

“Fabiano Daitx é um treinador que entende bem o contexto do Gauchão. A marca registrada de suas equipes nos últimos anos é a intensidade em diferentes fases do jogo, com destaque especial para a sólida defesa. O ponto crucial reside em elementos como compactação, perseguições e encaixes curtos, destacando-se, sobretudo, na leitura de cobertura”, relata Guerreiro.

Sistema defensivo

Em relação ao sistema defensivo, Guerreiro mostra em números que os times de Daitx costumam sofrer poucos gols e possuem números melhores até mesmo que os times treinados por Rogério Zimmermann.

“Sua equipe raramente fica exposta na fase defensiva, impondo dificuldades aos adversários. O entendimento tático, a capacidade de concentração e a aptidão física do time se destacam, refletindo em uma média de gols sofridos inferior a um por partida ao longo de sua carreira (0,86). Essa é a menor média comparada aos técnicos anteriores da Baixada: Rogério Zimmermann (1,06), Thiago Gomes (1,07) e Jerson Testoni (1,22)”, afirmou.

Sistema ofensivo

Em relação ao ataque, um dos proprietários da Pressing Performance destaca que as equipes do treinador não costumam controlar a posse de bola, mas sim aproveitar os espaços cedidos pelos adversários.

“No âmbito ofensivo, sua abordagem se destaca pela ênfase na transição rápida, com ataques velozes e bom desempenho no último terço do campo após a retomada da bola. Apesar do enfoque na transição, especialmente em blocos defensivos médios e baixos, Daitx incorpora também mecanismos coordenados para o ataque. Durante sua passagem pelo Azuriz, soube explorar eficazmente diagonais e ultrapassagens, como as do lateral-esquerdo Jamerson [hoje no Coritiba] e a habilidade de Rezende [atualmente no Bahia] em criar oportunidades pelo meio. Seu estilo não se baseia no controle da posse, mas sim na gestão eficiente do espaço”.

Adaptação ao elenco

Em uma das entrevistas coletivas, Daitx disse que gosta de contar com um elenco de mais de 30 jogadores, algo improvável no Brasil pela limitação financeira. Guerreiro também nota que o treinador costuma adaptar sua abordagem ao elenco, sem sacrificar a organização e a intensidade.

“Os jogadores de sua preferência são caracterizados por boa estatura, velocidade e força física. Durante a campanha tranquila do Novo Hamburgo montado por ele para o Gauchão de 2022, o ataque contou com destaques como Michel Renner e Alemão [posteriormente contratado pelo Internacional], dois atletas que combinam força com capacidade individual para solucionar problemas no nível estadual”, diz.

Esquema tático

Sobre a plataforma de preferência do treinador xavante, Guerreiro complementa que em termos de modelos táticos, Daitx utilizou esquemas como 4-3-3, 4-1-4-1, 4-4-2 e 4-2-3-1 em seus trabalhos mais recentes, adaptando-se às características do elenco e às exigências de cada adversário.


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