Memória

Diretor de futebol do Galo relembra passagem como jogador do Xavante

Como meia, Rodrigo Caetano atuou no Rubro-Negro em 1999. Hoje trabalhando no Atlético Mineiro, dirigente diz que confronto contra o Brasil será uma “pedreira”

Foto: Carlos Queiroz - DP - Dirigente do clube mineiro disputou a Série C e a Divisão de Acesso pelo Rubro-Negro na época de jogador

Faltando poucos dias para o jogo de ida entre Brasil e Atlético Mineiro, o Diário Popular conversou com o diretor de futebol do Galo, Rodrigo Caetano. Ele se tornou um dos dirigentes mais famosos do futebol brasileiro nos últimos anos, com passagens por Grêmio e Inter. 

Gaúcho de Santo Antônio da Patrulha, Rodrigo Caetano, antes de se tornar um dirigente, foi jogador profissional e chegou a atuar por uma temporada no Xavante. O diretor do Galo relembra com carinho de sua passagem como atleta pelo Bento Freitas, em 1999. “Para mim óbvio que foi uma experiência bacana. Apesar que naquele ano [1999] o Brasil estava jogando a Série C do Brasileiro e também a Segundona, então o time revezava. […] Eu estava no Náutico, não renovei o contrato e fui para o Brasil, que era um clube que eu sempre tive vontade de jogar. A experiência com a torcida xavante foi bem bacana, pena que foi um período curto”, diz o ex-meia. Na Série C de 1999, o Rubro-Negro chegou até a segunda fase da competição, mas foi eliminado pelo São Raimundo (AM) em duelo de mata-mata. 

“Teremos uma pedreira pela frente” 

Rodrigo Caetano também comentou sobre o confronto contra o Brasil. Por conhecer o Xavante e a força do clube no Bento Freitas, o dirigente afirma que o duelo não será nada fácil para o Galo. “Nós respeitamos demais o Brasil. Eu que joguei aí tenho um carinho e sempre fui bem tratado. Estive aí com o Flamengo [Copa do Brasil de 2015] e foram jogos duríssimos. Não vai ter moleza. Nós sabemos que não teremos facilidade, vamos encarar com muito respeito e sabedores que teremos uma pedreira pela frente”, diz o dirigente. 

O diretor de futebol confirma que já conversou internamente sobre a dificuldade de encarar o Rubro-Negro, principalmente em Pelotas, porém o foco no jogo começará somente na segunda-feira. “Conversamos já, mas claro que estamos aqui em um momento com jogo de Libertadores na quinta [Atlético enfrentou o Libertad] e depois a final do Estadual [domingo contra o América]. Realmente depois vamos recuperar um pouco mais a Copa do Brasil e detalhar melhor a atual equipe do Brasil a partir da segunda-feira. Obviamente vamos passar pra eles que temos que fazer um bom resultado aqui, uma boa vantagem porque aí dentro [Bento Freitas] vai ser pedreira e isso eu sei bem como funciona”, projeta. 

“Conheço muito bem o Rogério Zimmermann” 

Além de elogiar o Xavante e a torcida e relembrar com carinho da passagem como jogador, Rodrigo Caetano também fez vários elogios a Rogério Zimmermann, com quem ele diz ter quase trabalhado ainda como atleta na época da Ulbra. 

“Eu também conheço muito bem o Rogério Zimmermann. Um dos grandes treinadores do futebol gaúcho. Ele tem toda a qualificação, conteúdo para ser mais reconhecido não só no futebol gaúcho, mas no futebol nacional. Realmente sempre realizou grandes trabalhos. […] Eu sei como ele trabalha, sei como arma as suas equipes. Vamos ter enormes dificuldades no jogo aí, não tenho a menor dúvida”, fala Caetano. 

Galo vive uma maratona de jogos

Enquanto o Brasil apenas treina desde que terminou o Campeonato Gaúcho para o clube no dia 11 de março, o Atlético Mineiro vive uma maratona. Em março, precisou passar por duas fases de Pré-Libertadores além da disputa do Campeonato Estadual. Em abril ainda adicionou a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro.

Questionado sobre esse fator ser uma desvantagem em relação ao momento xavante, Rodrigo Caetano diz que clube grande é assim e não tem como ficar dando prioridade para nenhuma competição, mas enxerga um lado positivo. “Quando se está em um clube desta dimensão, que nem do Galo, nós não temos como escolher. Estamos fazendo o planejamento do jogo a jogo. Não tem jogo mais importante que o de quinta. Passado o de quinta vai ser o de domingo e depois o de quarta com o Brasil. Se por um lado tem o desgaste, por outro a gente conseguiu dar minutagem a todos os nossos atletas do elenco”, avalia. 

Trabalho de Coudet 

Ao lado de Flamengo e Palmeiras, o Atlético Mineiro se tornou uma das equipes mais fortes do País. O Galo foi o campeão da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro em 2021, mas decepcionou na temporada passada.Em 2023 iniciou um novo projeto. Rodrigo Caetano apostou em Eduardo Coudet como técnico, com quem trabalhou no Inter. Com a chegada do treinador argentino, mudou também a forma de jogo da equipe. Apesar dos bons resultados até o momento, o desempenho do time ainda não está agradando a torcida. Caetano explica que o novo trabalho ainda está no estágio inicial. 

“Eu já tinha trabalhado com o Coudet no Inter, sei bem a metodologia que usa, o que é o entendimento dele de futebol. Nós tivemos que fazer uma mudança no elenco. Negociamos nove jogadores e trouxemos nove. Mesmo com o Galo enfrentando uma situação financeira difícil, tínhamos que fazer movimentos porque o modelo de jogo é diferente daquele que o Galo vinha jogando nos últimos anos. Fizemos essas modificações e ainda está em um estágio inicial de trabalho, mas muitos dos jogadores já estão com entendimento do que o treinador quer”, resume. 

Elenco curto 

Em comparação com o Xavante, o Atlético tem um elenco melhor e mais completo, mas para Caetano ainda é curto e será assim no restante de 2023. Nenhum novo reforço deve chegar. “O elenco é qualificado, mas ele é extremamente limitado em termos de número. […] É uma exigência dos nossos presidentes de reduzir a folha e atingir um orçamento de vendas. Infelizmente é a realidade do Galo para este ano. Não é o número ideal para se encarar todas as competições, mas é o que temos”, fala. 

O último reforço anunciado foi o volante argentino Rodrigo Battaglia, contratado para o lugar de Allan, que sofreu uma fratura por estresse na coluna. Rodrigo Caetano garante que no momento não farão novas contratações. O Atlético recentemente perdeu o meia Nathan (Grêmio) e os atacantes Ademir (Bahia) e Eduardo Sasha (RB Bragantino).

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