Histórico

Eduardo Strapasson é top-10 no skeleton nas Olimpíadas de Inverno da Juventude

Rio-grandino de 16 anos, que mora em Pelotas, quebra próprio recorde em competição na Coreia do Sul

Foto: Marina Ziehe - COB - Somando as duas descidas que contam para a competição, o atleta registrou o tempo de 1min49s94; é o melhor resultado brasileiro no skeleton na história do evento

Eduardo Strapasson fez história nesta terça-feira (23) na cidade de Pyeongchang, província de Gangwon, na Coreia do Sul. O rio-grandino de 16 anos, que mora em Pelotas, terminou em décimo lugar no skeleton nos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude. Somando as duas descidas que contam para a competição, o atleta registrou o tempo de 1min49s94, quebrando o próprio recorde.

É o melhor resultado de um representante brasileiro nessa modalidade no evento. Emils Indriksons, da Letônia, garantiu a medalha de ouro com 1min44s66. A prata ficou com o ucraniano Yaroslav Lavreniuk (+1s01), enquanto o sul-coreano Shin Yeon-su (+1s39) levou o bronze. O outro representante do Brasil, Caue Miota, que reside no Canadá, terminou em 19º lugar após finalizar as duas descidas em 1min54s31.

“Essa conquista me mostra que eu posso competir de igual para igual mesmo não tendo tanto treino quanto alemães, letões e todos [os competidores] desses países que têm pista onde os atletas podem treinar próximos de onde vivem e têm mais de 100 descidas [na carreira]. Eu acabei de completar 50 [descidas]. Estou muito feliz em pensar que estou no top-10 e acredito que posso melhorar e chegar em um top-5 e no pódio um dia”, disse Dudu, como é conhecido, ao site do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

A pista do complexo Sliding Centre tem dois quilômetros de extensão, com 17 curvas ao longo do trajeto. Foi nela que, em novembro, o garoto sofreu um acidente que o levou ao hospital. Portanto, mais um motivo para celebrar o resultado, um dos seis melhores da história do Brasil em Olimpíadas de Inverno, seja entre adultos ou jovens. Tanto que Dudu já projeta os Jogos de 2026, na Itália.

“Dedico esse resultado aos meus pais. Eles estavam assustados porque eu teria que voltar para essa pista, mas mesmo assim seguiram me apoiando. Foi muito bom contar com o incentivo deles a sempre querer mais. Vou continuar crescendo e ‘bora’ para Milão-Cortina 2026”, completou, também ao site do COB.

Como já noticiou o Diário Popular em diversas matérias, o atleta é filho de Emílio Strapasson, um dos pioneiros do skeleton no País e ex-presidente da Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG). Além disso, Dudu é sobrinho de Eduardo Henke, outro precursor da modalidade em nível nacional.

O skeleton

Na modalidade, o atleta se lança em um trenó (composto por metal e plástico, com peso de 43 quilos para homens) e desce a pista de cabeça em busca do menor tempo. Os equipamentos necessários são um capacete de fibra de vidro, uma sapatilha com mini-agulhas na sola para dar tração durante a largada e um speed suit, espécie de macacão cujo tecido é feito para evitar atrito.

Assim como o bobsled, a origem do esporte remonta ao século 19, com a popularização dos trenós como meio de transporte em montanhas. Alemanha, Áustria, Suíça, Reino Unido e Canadá são alguns dos países que se destacam nas principais competições internacionais.

Relembre

A trajetória da família Strapasson no skeleton foi pauta de matéria publicada pelo Jornal em 28 de dezembro.

Mais resultados

Também nesta terça, Luis Felipe Seixas completou as duas descidas do monobob (versão do bobsled com apenas um atleta no trenó) em 1min51s72 e também alcançou lugar no top-10. Na mesma modalidade, André Luiz da Silva ficou em 17º lugar com o tempo de 1min53s36.

Nesta edição dos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude, a delegação do Brasil é a maior da história do País no evento. São 17 atletas no total. Foram conquistados cinco lugares em top-10 de diferentes esportes. A única medalha é o bronze do catarinense Zion Bethonico, 17 anos, no snowboard cross.

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