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Quem é o Patrocinense, rival do Brasil na segunda fase da Série D

Fundado em 1954, clube do interior de Minas Gerais joga em estádio para dez mil pessoas e retornou ao futebol profissional em 2016 após 11 anos de inatividade

Foto: Raphael Dylan - Patrocinense - Campanha do time de Patrocínio teve apenas duas derrotas na primeira fase

O adversário do Brasil na segunda fase da Série D vive um momento especial de sua história. Fundado em 1954, o Clube Atlético Patrocinense encerrou as atividades profissionais em 2005 e retornou 11 anos mais tarde. Após conseguir a volta à elite de Minas Gerais, está disputando a quarta divisão nacional pela terceira vez desde então. Em campo, a campanha de liderança na chave A7 da edição 2023 aconteceu em meio a uma troca de treinadores e depois de uma luta para evitar o rebaixamento no Estadual. 

Ao DP, o gerente de futebol do CAP, Tiago Pires, considera a coletividade a principal qualidade da equipe. “Acredito que a virtude da campanha sólida que nos levou à primeira colocação do grupo foi a organização extracampo. Fizemos um planejamento adequado com a comissão técnica e o elenco. Conseguimos a renovação de contrato de seis atletas que estavam no Mineiro, então isso proporcionou a manutenção de uma espinha dorsal”, avalia. 

O Patrocinense somou 24 pontos e perdeu apenas duas vezes. Mas os resultados mudaram muito durante a temporada: até março, o time fez só quatro pontos nas oito rodadas do Campeonato Mineiro e precisou enfrentar um triangular para não cair. O técnico Rogério Henrique foi contratado para tentar salvar o clube contra Caldense e Democrata de Sete Lagoas. Deu certo e, então, a equipe passou a viver nova fase.

Campanha desperta interesse e gera perdas

No início de julho, o Pouso Alegre, também de Minas Gerais e que disputa a Série C do Brasileirão, fez proposta e levou o comandante do CAP. Além de Rogério Henrique, deixaram Patrocínio dois titulares: o zagueiro Léo Alves e o volante Gabriel Galhardo. Segundo Tiago Pires, o artilheiro do elenco na Série D, Gleisinho, foi outro que despertou atenção de divisões superiores, mas permaneceu. 

Em resposta à perda do treinador, a direção efetivou o então auxiliar Vitor Bill. O novo técnico do adversário do Xavante tem 22 anos e é o mais jovem das quatro divisões nacionais. Perguntado sobre as razões que levaram à escolha, o dirigente do clube afirma que os próprios jogadores tomaram a iniciativa de se manifestarem favoráveis. 

“Ele [Vitor] foi muito bem aceito pelo grupo, e na saída do Rogério a gente teve uma procura das lideranças do elenco no sentido de permanecer com o Vitor pra ele dar andamento ao projeto. Ele estava muito alinhado ao projeto, e aí a gente tinha três jogos pra terminar a primeira fase, que seriam uma forma de avaliá-lo”, explica Tiago. Em duas partidas em casa sob o comando do jovem, o Patrocinense bateu Operário (MS) e CRAC (GO).

Engajamento da comunidade no estádio

Localizada a seis horas de carro da capital Belo Horizonte, Patrocínio tem aproximadamente 90 mil habitantes. O clube manda seus jogos no estádio Pedro Alves do Nascimento, que é municipal e possui capacidade para dez mil pessoas. Invicto em casa na Série D, o CAP deve contar com o maior público da temporada diante do Brasil, no fim de semana dos dias 5 e 6 de agosto. 

Tiago Pires diz que a comunidade passou a confiar no time ao longo da campanha sólida e que o momento é de euforia. “Ficamos todas as rodadas dentro da zona de classificação da Série D, e aí o engajamento foi aumentando, a torcida foi acreditando no nosso trabalho. É uma torcida fanática, que se emociona muito. É como se fosse uma grande família, porque estamos numa cidade de pequeno porte”, afirma. 

Sobre o duelo em ida e volta contra o Xavante, o gerente de futebol do adversário espera um dos melhores confrontos da segunda fase da Série D e elogia o Rubro-Negro. “A gente sabe da força que o Brasil tem em Pelotas, jogando em casa, a força da torcida. A gente tem a expectativa de encontrar um jogo muito difícil. Um time que vai brigar em todos os momentos pela disputa da bola”, projeta.

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