Entrevista

Rogério Zimmermann comemora ter conquistado os objetivos traçados antes do Campeonato Gaúcho

Técnico xavante destaca importância de sua presença em um momento que o clube vinha de dois rebaixamentos nacionais e com folha salarial menor que dos adversários

Foto: Italo Santos - Especial DP - Treinador concedeu entrevista coletiva após derrota para o Juventude

O técnico Rogério Zimmermann conversou com a imprensa, no estádio Alfredo Jaconi, depois da derrota por 1 a 0 para o Juventude, pela última rodada da primeira fase do Gauchão. Apesar do revés, o treinador comemorou a conquista dos objetivos traçados antes do campeonato começar: escapar do rebaixamento e garantir vaga na Série D de 2024. "Hoje vou dormir muito tranquilo, muito satisfeito. Nós conseguimos os dois objetivos, que é manter o clube na primeira divisão e em uma eventualidade de não conseguir subir esse ano tu deixar o calendário pronto para o ano que vem, até para se planejar com bastante antecedência", disse RZ.

Sobre a partida deste sábado, Rogério destacou a sequência de jogos importantes como um fator que atrapalhou para o time manter o mesmo nível de concentração e fez críticas a atuação do árbitro Anderson Daronco. "O Juventude chutou uma bola em gol no primeiro tempo, mas nós também não chutamos, não foi um jogo com muitos lances de gol. [...] Mas o Daronco cara, um jogo fácil de apitar, ele começa a inervar o jogador. Ele mostra amarelo para o Dumas, mostra amarelo para o Guilherme Nunes por reclamação, isso vai irritando. O lance da expulsão do Da Silva é fruto da irritação. Tu começa a ver o árbitro a mostrar um monte de amarelo. [...] O Daronco não precisa disso".

Com o calendário nacional garantido até 2024 e mais uma temporada na elite do Rio Grande do Sul, Rogério aproveitou para desabafar sobre o que passou desde que retornou ao Xavante. Ele comentou sobre a baixa folha salarial que tinha a disposição para montar o elenco e afirmou que sua presença foi fundamental pelo momento que o clube vivia por conhecer bem o Rubro-Negro. "O importante é que hoje vou ter uma noite muito tranquila. Desde que eu fui contratado pelo Brasil até a primeira proposta que falaram em termos de folha salarial eu disse: 'é folha pra cair, vai ser a menor folha do Estadual'. Talvez se viesse outra comissão técnica o time teria muita chance de cair. Agora que terminou eu posso dizer. O Brasil teria muita chance de cair de divisão. [...] Vinha de dois rebaixamentos nacionais, ninguém queria vir para o Brasil e nós trouxemos jogadores de muita qualidade, tanto que estamos na terceira fase da Copa do Brasil. Se vem outro treinador, aceita para ganhar o emprego, mas não vem jogador. Mérito da direção, que escutou, entendeu. [...] Se a gente não melhora não passava nem da primeira fase da Copa do Brasil. A experiência que a gente tem de Brasil e aí méritos do presidente que escutou. [...] A gente conseguiu atingir os dois objetivos."

Sem entrar em detalhes sobre o futuro, RZ falou em refletir sobre seguir como técnico do Brasil em função do cansaço. "Estou muito contente, muito feliz, agora é hora de parar, pensar, será que vamos continuar, será que não vamos continuar, é muito desgastante. O Brasil estava em um momento muito sensível. Assim como em 2018 eu vim ajudar, vim de novo, o Ricardinho também voltou. Agora que passou dá para dizer, era um momento difícil de contratar", relata o treinador.

Outro tema abordado foi sobre o calendário do futebol brasileiro. O Xavante disputou as 11 rodadas do Gauchão em menos de dois meses, além de jogar duas etapas da Copa do Brasil. A partir de agora a equipe aguarda o sorteio da competição nacional para saber o próximo jogo, além da disputa da Série D, que começa apenas em maio. Zimmermann falou sobre a mudança drástica de muitos jogos seguidos para apenas treinar. "Uma hora você joga um jogo atrás do outro, você não tem tempo de descansar, mas ao mesmo tempo dá ritmo. Ao mesmo tempo agora vamos vivenciar dois jogos de Copa do Brasil sem jogar oficialmente, tendo que fazer amistosos, sem ritmo. Ou tu parte de muito jogo e pouco treino e agora vamos para muito treino e pouco jogo, mas isso é o futebol, temos que estar sempre nos adaptando", afirmou o comandante rubro-negro.

O fim da maratona de jogos também fez Rogério lamentar por fazer o time perder o ritmo que vinha jogando, principalmente quando nomes que começaram a atuar durante o Gauchão estavam ganhando sequência e outros retornando de lesão. "Agora que começou a jogar Patrick, Wellington, Beléa voltou, Rafael Pernão está voltando, foram tantas coisas e de novo as escolhas foram muito certas", disse RZ.

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