Sanção

TJD-RS suspende Jarro por dois anos do futebol e aplica multa

Natural de Pedro Osório, jogador admitiu ter cometido pênalti após suposta ameaça de apostadores antes de partida do Gauchão. Segundo ele, o valor recebido foi devolvido

Foto: Renata Medina - Inter-SM - Lance investigado aconteceu quando o atleta defendia o São Luiz, mas atualmente ele está no Inter-SM

O atacante Jarro Pedroso, natural de Pedro Osório e ex-jogador da dupla Bra-Pel, atualmente no Inter de Santa Maria, foi punido, na noite desta terça-feira (30), com uma suspensão de 720 dias (dois anos) e uma multa de R$ 100 mil pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul (TJD-RS) por participação em um esquema de apostas na edição 2023 do Campeonato Gaúcho. Cabe recurso no Pleno do TJD.

Conforme a investigação, o atleta fez um acordo com apostadores para cometer um pênalti no primeiro tempo da partida de seu antigo time, o São Luiz, contra o Caxias, disputada no dia 12 de fevereiro. Jarro cumpriu o combinado e cometeu uma falta dentro da área aos 15 minutos da etapa inicial do confronto, que terminou com vitória da equipe da Serra por 3 a 1.

No âmbito da Operação Penalidade Máxima, realizada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), Jarro reconheceu as irregularidades e não foi processado criminalmente. Porém, na esfera esportiva ainda cabia punição.

O julgamento do atacante seria realizado na última semana em conjunto com o do lateral Nikolas Farias (punido com uma multa de R$ 80 mil e 720 dias de suspensão por participar de um esquema para cometer um pênalti contra o Esportivo no Gaúcho de 2023, competição pela qual defendia o Novo Hamburgo), mas foi adiado após a defesa do jogador pedir mais tempo para elaborar melhor a estratégia de defesa.

Jogador alega ter devolvido dinheiro

Segundo Jarro, os criminosos o ameaçaram e o enviaram R$ 30 mil, de forma antecipada, antes da partida em questão. Dias depois, ainda conforme o atleta, o valor foi devolvido integralmente. Sobre o acordo com o MP, ele comentou, durante a audiência virtual: “Eu queria que isso se encerrasse o mais rápido possível. Me senti acuado, ameaçado pra fazer o pênalti”.

O atacante de 29 anos deixou o São Luiz após o Gauchão e foi para o clube de Santa Maria. Pelo Inter-SM, marcou gol na rodada de abertura da Divisão de Acesso. Depois, em meio ao estopim da segunda parte da Operação Penalidade Máxima, quando seu nome vazou, ele não entrou mais em campo. O Inter-SM alegava lesão. Jarro voltou a atuar no dia 21 de maio, e participou dos últimos dois jogos do time saindo do banco de reservas.

Operação Penalidade Máxima

Outros jogadores sob investigação também têm julgamentos marcados, mas no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Vale lembrar que o órgão já baniu em definitivo do futebol o meio-campista Romário, ex-Vila Nova, e condenou Gabriel Domingos, que também era do clube goiano, a 720 dias de suspensão.

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