Porque é importante comer legumes e frutas? Que tipos de alimentos devem ser evitados? Quais comidas dão energia? As respostas para essas, e muitas outras perguntas, estão na ponta da língua dos alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental (Emef) Professora Lelia Romanelli Olmos. Através de atividades propostas pela Unidade Básica de Saúde (UBS) Areal Leste, em parceria com o curso de Nutrição da UFPel, a criançada aprendeu na prática a importância de desenvolver hábitos mais saudáveis.

Oficinas de lanches saudáveis, avaliações antropométricas (que investigam o estado nutricional da pessoa) e até exercícios de relaxamento fizeram parte das atividades propostas pelo grupo. "Tudo isso são hábitos saudáveis de vida, como uma boa noite de sono, alimentação mais saudável possível dentro da realidade deles, brincar e tomar água", exemplifica a nutricionista da UBS, Angela Camejo. O principal objetivo da proposta, que está inserida no Programa Saúde na Escola, da prefeitura de Pelotas, é combater a obesidade, incentivar hábitos saudáveis e conscientizar a criançada.

As atividades são desenvolvidas anualmente, junto aos estagiários de Nutrição, nas três escolas do território da UBS. Na Emef Lelia Olmos, os alunos de todas as turmas da escola participaram das atividades. "As professoras já fizeram o dia da alimentação saudável, temos uma hortinha também. Abraçaram esse projeto", acrescenta a vice-diretora da escola, Margarete Gonçalves. A nutricionista avalia, ainda, que o trabalho é fundamental para que as crianças levem para seus familiares, que são responsáveis por sua alimentação, aquilo que aprendem com a equipe. "Foi muito produtivo. É muito bom fazer atividades nessa faixa etária, porque é onde a gente consegue mais mudança", observa Angela.

Aprendizado na prática

Na hora da merenda, uma turma de quinto ano chega ao refeitório já mostrando o que aprendeu ao longo dos encontros com a equipe. Nos pratos, massa, alface e ovo cozido, acompanhados de uma banana. "Tem que pegar frutas e verduras", diz um dos meninos. Outro colega pula da cadeira para dizer quais alimentos devem ser evitados pelas crianças. "Açúcar! A gente não pode comer coisas doces demais", fala.

Para os futuros nutricionistas, a interação com as crianças também é momento de aprendizado. "Ver que depois que a gente começou as atividades, eles começaram a mudar também, foi muito legal. Quando a gente fez a oficina de lanche saudável, eles já queriam levar o sanduíche no outro dia de novo. Deu pra ver [o resultado] na prática", observa o graduando Leonardo do Carmo. "Foi bem legal. A gente vê que, quando estivemos aqui, eles comeram mais e também comeram salada", complementa a colega, Beatriz Vitola.