Galeto
Apae promoverá ação beneficente na sexta-feira
Mesmo com retomada dos repasses, instituição possui dívidas e algumas dificuldades financeiras
Paulo Rossi -
Após as dificuldades financeiras do início do ano, quando a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Pelotas ficou fechada por quase cinco meses, as atividades foram retomadas em abril. No entanto, alguns dos problemas de meses atrás ainda ecoam hoje, além das dificuldades já corriqueiras enfrentadas pela instituição, como dívidas e problemas estruturais. Dependendo de convênios e doações da comunidade, agora a entidade organiza uma ação beneficente para arrecadar fundos.
Os convênios com o município nas áreas de saúde e educação foram restabelecidos em maio. Já o de assistência social foi assinado ao final de junho e há a expectativa de receber os primeiros repasses, ainda não feitos por questões burocráticas, nos próximos dias, segundo o diretor Victor Pilzer. Com a entrada destes valores em caixa, algumas dívidas já foram pagas, como os salários a partir de março. No entanto, funcionários ainda não receberam os montantes de janeiro, fevereiro e referentes às férias.
A instituição ainda conta com outras dificuldades financeiras, sendo parceladas. De acordo com Piltzer, o dinheiro que entra mensalmente serve para fechar as contas do mês e quitar algumas dívidas atrasadas, principalmente com funcionários. Mesmo assim, dívidas de maior valor ainda continuam. No momento, a equipe é formada por 32 pessoas, sendo que cada uma renegociou individualmente com a direção após os atrasos do início do ano.
Para colocar todas as contas em dia, Victor acredita que a Apae precisaria aumentar a receita em R$ 15 mil mensais. Grande parte da arrecadação provém de doações a partir dos pedidos por telemarketing, mas, com a paralisação deste ano, cerca de 10% dos contribuintes deixaram de prestar o apoio. Além das dificuldades no setor financeiro, a parada gerou efeitos negativos também nos alunos. Os com déficit motor regrediram consideravelmente dentro dos tratamentos. Por isso, as férias do meio do ano também foram reduzidas.
Ajude a contribuir
"Não pode uma instituição que presta serviço de qualidade e excelência fechar as portas", lamenta a diretora patrimonial e mãe de aluna, Luciana Gonçalves. Atualmente, 250 crianças são atendidas pela Apae. Ao final do ano passado, eram 320, mas algumas foram para outras instituições.
A Apae está sempre aberta a doações, presenciais ou por telemarketing. Dinheiro, roupas, alimentos… tudo é aceito. Para mostrar a realidade da instituição, ela convida o público a conhecer o dia a dia da Apae, indo à escola presenciar o trabalho que é feito. "Quando tu vê esse mundo, tu entende o que é", garante.
O diretor projeta também o aumento da quantidade de serviços a serem prestados. A expectativa de vida do público atendido pela Apae cresceu e ele vê a necessidade de pensar em atividades para outras faixas etárias. Além do grupo de convivência com alunos de mais idade, tendo atividades como futebol, futsal, atletismo e capoeira, há a expectativa de implementar uma turma na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA), com até cem possíveis alunos.
Galeto beneficente
Com ajuda de doações da comunidade, a Apae promoverá em seu salão de festas seu primeiro galeto beneficente, na próxima sexta-feira. O cardápio terá galeto, arroz e saladas, tudo de doações de amigos, empresas e membros. Além disso, haverá venda de bebidas. O lucro será todo revertido à instituição, sendo utilizado principalmente em questões estruturais mais urgentes. Haverá também sorteio de brindes e atrações musicais. Informações sobre ingressos podem ser obtidas no telefone (53) 3223-2306. A Apae Pelotas fica na rua Olga Eifler, 200.
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