Movimentação de banhistas

Calor e atrativos únicos do Cassino lotam o balneário

A praia foi o destino de muitos moradores da região que viajam até Rio Grande para aproveitar um dia inteiro à beira mar; vento e temperaturas mais altas motivaram parte dos banhistas

Foto: Jô Folha - O Cassino foi o destino escolhido por milhares de veranistas para aproveitar a combinação de temperaturas mais altas e de sol no sábado

Com o sábado de sol e calor, o destino de muitos veranistas foi a maior praia do mundo. Do ponto próximo às torres eólicas até os Molhes da Barra, a movimentação na orla do Cassino foi intensa. Seja para levar as crianças para se divertir ou apenas para relaxar contemplando o mar, mesmo a ventania intensa não impediu os banhistas de ocuparem em massa as faixas de areia. Inclusive, os fortes ventos foram um atrativo para quem gosta de praticar esportes no mar e passear pela bela paisagem do balneário. O tempo bom também foi um alento para os comerciantes que têm na praia cheia o melhor período de lucros.

Entre guarda-sóis, tendas e churrasqueiras, muitas pessoas que escolheram o Cassino para aproveitar os típicos dias de verão vieram de outras cidades e lotaram a praia desde o início das manhãs. Um grupo de mais de 20 pessoas de Bagé, foi ao balneário realizar uma atividade voltada a idosos e depois desfrutaram a tarde na beira do mar. “Vamos retornar à cidade só à noite, está muito bom o dia de praia, o sol está quente”, declarou o psicólogo Juliano Veleda. Sem planejar, os visitantes acabaram se acomodando no trecho onde foi proibido a circulação de veículos, o que para eles foi uma surpresa. “Achei bem diferente, a gente está acostumado com os carros envolta, mas é uma adaptação e achei mais seguro. A praia é família e para isso ficou ótimo”, diz.

Banhistas lotaram o balneário desde o início da manhã de sábado. Foto: Jô Folha

Em comparação com os outros espaços, na extensão de 350 metros da orla entre as ruas Rio de Janeiro e Júlio de Castilhos, onde o tráfego foi restringido, a movimentação era menos intensa. Isso foi um dos motivos que a mudança causou estranheza para três amigas riograndinas acostumadas com o Cassino há décadas. “Eu estou achando meio estranho porque aqui é conhecido pelos carros na praia e eu gosto disso. Assim ficou diferente, as pessoas ficam mais afastadas”, declara Ana Lucia Vicente. Já Naide da Silva destaca que a alteração deverá se tornar normal com o tempo. “Estamos acostumados há muitos anos a ver os carros encostar e as famílias descer, mas é questão de hábito”.

No restante da praia, os trechos estavam mais agitados e, mesmo com a bandeira amarela hasteada por salva-vidas, a água estava cheia de banhistas, dentre os mais frequentes, crianças que se divertiam com as ondas. Além disso, na areia, a ocupação era de pessoas próximas à beira do mar e também próximas aos seus veículos estacionados. Aproveitando a vista, estava o casal Wilson Ferreira e Elisangela Lima, que procuravam na praia um local para apenas relaxar. “Fazia tempo que não vinhamos e o que a gente mais gosta na praia é de ficar assim: olhando o mar, as pessoas, relaxando, tomando uma caipirinha”, declara o aposentado.

Molhes da Barra: esporte e passeio

Do outro lado da praia, a paisagem dos Molhes da Barra era composta também pela grande quantidade de pipas coloridas no céu. Entre manobras e pulos dentro da água, estavam diversos praticantes de kitesurf aproveitando a intensidade dos ventos. Dentre os kitesurfistas em atividade estava Bernardo Menezes, que aprendeu no Cassino a paixão pelo esporte. “Estamos em temporada de vento, então temos que aproveitar o máximo que dá, a previsão hoje é de vento o dia todo”, conta. Para o zootecnista, a beleza da modalidade está na combinação de adrenalina com a natureza. “A liberdade dentro da água, poder velejar na beira dos molhes, pegar um pôr do sol com bastante vento dentro do mar não tem valor”.

Kitesurfistas aproveitaram os ventos favoráveis para praticar o esporte. Foto: Jô Folha

Parte dos praticantes na água eram iniciantes e estavam sendo auxiliados pelo instrutor Lucio Ribeiro. Conforme ele, com o grande interesse dos veranistas, há alunos das mais variadas faixas etárias nessa temporada. “Esse ano está muito bom para o kitesurf, acho que por causa do El Niño está ventando mais no verão. Também está tendo muita procura e isso acarreta nesse mar lotado de pipas, muita gente aprendendo. É um verão como em muito tempo não tivemos”. Somente Ribeiro treina 40 kitesurfistas.

Assim como para o esporte, os Molhes da Barra também são atrativos para o turismo. Com a praia lotada, as tradicionais vagonetas saiam uma atrás da outra carregando os veranistas para apreciar a construção de pedras e o mar. Frequentadora do Cassino, Claudia Martinelli embarcava no carrinho com vela com a sobrinha de nove anos e a filha de cinco. “Estamos aqui desde de manhã, almoçamos na praia e agora vamos para o passeio porque é a primeira vez dela [filha]. Estou levando para elas verem a vista e entenderem um pouco da paisagem do oceano”.

Com o balneário cheio, passeios de vangonetas foram muito procurados. Foto: Jô Folha

Economia
A praia cheia é também sinônimo de boas vendas. Seja nas bancas, nos veículos transformados em lancherias, ou com os ambulantes, a procura por bebidas e outros alimentos típicos de verão é grande pelos banhistas. Já que muitas pessoas passam o dia inteiro na orla. Percorrendo quase toda a extensão do balneário, o carrinho de Anderson Silveira era parado constantemente pelos clientes. Conforme o ambulante, os finais de semana têm sido de bons lucros. “Esse ano o movimento tem sido bom, o que mais sai é açaí e caipira, eles são os carros chefe junto com o milho verde”. Nos períodos mais cheios, o comerciante vende em torno de R$ 700 a R$ 800 em produtos por dia.

Já em outro formato de comércio, um ônibus transformado em lancheria estava com as mesas lotadas por banhistas. Com uma grande variedade de pratos como atrativo, o proprietário Bruno Martins afirma que a expectativa para o final de semana era positiva e que no domingo mais movimentado até o momento, somente ele atendeu cerca de 350 clientes. “O período de veraneio é curto, então a gente corre contra o tempo”, destaca.



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