Moradia

Canguçu cadastra interessados no Minha Casa, Minha Vida Rural

Programa é visto como uma oportunidade para viabilizar melhores condições de moradia no interior do Município

Foto: Divulgação - Governo Federal - Programa tem como propósito reduzir o déficit habitacional nas propriedades rurais

Com inscrições abertas até o próximo dia 25, Canguçu pretende atender por meio do Minha Casa, Minha Vida Rural a demanda por moradias próprias, principalmente de agricultores familiares e quilombolas. Somente em dois dias de cadastros, 25 propostas foram encaminhadas à Caixa Econômica Federal (CEF) e outros mais de cem interessados precisavam realizar apenas adequações de documentos. O Município tem o maior número de quilombolas na região e ao todo são mais de 14 mil propriedades rurais.

Considerada a cidade com maior minifúndio do Brasil e a capital nacional da Agricultura Familiar, a construção de novas unidades habitacionais em Canguçu tem como propósito reduzir o déficit habitacional nas propriedades. Em razão da falta de condições para viabilizar novas moradias, o quadro mais comum é a incidência da concentração de duas a três famílias em apenas uma residência. "Os filhos casam e acabam continuando morando com os pais", explica o secretário de Assistência Social, Eliezer Timm.

Com uma economia dependente da agricultura, além de promover melhores condições de habitação para os trabalhadores rurais, o programa de moradia popular poderá ser um incentivo para que os jovens permaneçam na zona rural, já que o êxodo rural é motivado principalmente por questões socioeconômicas. "Há uma necessidade de manter esses jovens no meio rural e um dos meios é dar condições para que eles tenham suas casas próprias", afirma o gestor. Além disso, outra parcela da população que faz parte dos dados de moradia inadequada são os quilombolas, cuja população total em Canguçu é de 1,1 mil pessoas distribuídas em 16 comunidades. "Já fizemos uma reunião com eles, porque são prioritários", diz Timm.

O MCMV Rural
Diferente da mobilidade urbana em que as moradias são contratadas em conjuntos habitacionais, no programa para a zona rural os interessados têm que ser cadastrados para a adesão de imóveis individuais. Apesar disso, a execução dos empreendimentos é realizada por grupos de residentes localizados nas mesmas regiões. "São propostas coletivas e a partir da análise de crédito, os empreendimentos são contratados individualmente", diz o secretário. Além disso, a execução da obra e a compra de materiais ficam sob responsabilidade dos beneficiados com a supervisão da Caixa.

Contemplação
"Estamos deixando bem claro para comunidade que, segundo o edital da Caixa, são 900 unidades para todo o Rio Grande do Sul", menciona Timm. Conforme o secretário, em razão do número limitado de moradias, a estratégia do Município foi adiantar os processos de inscrição e envio das propostas. Mesmo assim, o gestor dimensiona que a probabilidade da contemplação pelo programa atender 100% da demanda de Canguçu é baixa. "Nossa questão é não perder tempo, estamos preparados para a hora que tiver e podermos receber."

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