Estiagem

Chuva traz alívio para a seca em Pelotas, mas não resolve o problema

Precipitação dos últimos dias ajuda, mas ainda é insuficiente para impactar significativamente o cenário de estiagem

Foto: Carlos Queiroz - DP - Em Pelotas, não havia chuva significativa há quase um mês

Por Helena Schuster
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(Estagiária sob supervisão de Vinicius Peraça)

Tão esperada em tempos de estiagem, a chuva dos últimos dias trouxe algum alívio às reservas pelotenses e aos agricultores da Zona Sul. Apesar do baixo volume, o impacto foi positivo e a expectativa, diante da previsão de chuva para os próximos dias, é de esperança. Em Pelotas, segundo o Sanep, essa foi a primeira precipitação no Município em quase um mês, já que o último registro era do dia 19 de dezembro de 2022.

A autarquia afirmou que a chuva impactou, principalmente, as reservas da Represa Quilombo, que agora está com os níveis normalizados, e do Arroio Pelotas, que registrou cerca de 25 milímetros de chuva na região. Por outro lado, na Barragem Santa Bárbara, principal manancial da cidade, praticamente não choveu. Foram apenas cinco milímetros registrados, volume que não afetou os níveis da barragem. A autarquia espera por mais chuva nos próximos dias para reforçar as reservas. No entanto, destaca que as medidas tomadas até agora seguem garantindo o abastecimento da cidade sem previsão de racionamento.

Para os produtores da região, apesar de bem-vinda, a chuva também não trouxe grandes mudanças para o cenário de seca. "Foi uma chuva para amenizar um pouco os danos, mas não para garantir uma ajuda muito boa para o produtor, porque as perdas já estão consolidadas", explica Rodrigo Prestes, extensionista rural da Emater/RS-Ascar de Pelotas. Segundo ele, a chuva foi muito irregular na região, com localidades que não registraram chuva, e outras que chegaram a relatar precipitações de até 50 milímetros. "Não é um dado oficial, mas os maiores volumes registrados foram na região próxima de Canguçu, na Colônia Maciel".

Prestes explica que a chuva, mesmo que em pouca quantidade, auxilia as culturas de milho, hortaliças e soja. "Na cultura do milho, por exemplo, ainda temos uma área que não foi plantada pela falta de chuva, e já temos produtores dizendo que há umidade suficiente para fazer o plantio". No entanto, o extensionista ressalta que, em muitas localidades da região, as perdas já não podem ser recuperadas. "Em Pelotas, 60% das lavouras de milho estão num estágio que não se recupera mais. Está bem complicado, claro que se não chovesse seria pior, mas hoje temos uma situação pior que a do ano passado", lamenta.

Avanços no reforço do abastecimento em Pelotas
Nesta semana, o Sanep também divulgou avanços na construção da Estação de Tratamento de Água (ETA) São Gonçalo. A autarquia afirmou que o projeto, orçado em mais de R$ 50 milhões, está com a obra civil praticamente concluída e alcançou a marca de 90% de execução. Considerada uma das maiores obras de infraestrutura do Município nos últimos anos, a expectativa é de finalizar a construção ainda este ano.

A nova ETA possibilitará a injeção de 500 litros de água tratada por segundo, impactando significativamente o abastecimento da cidade. Além de dar maior suporte ao sistema de abastecimento como um todo, a autarquia explicou que, em tempos de estiagem, a Estação também será um importante reforço para as ações já adotadas para manter a cidade 100% abastecida em períodos críticos.​

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