Avaliação. Sinalização e pavimentação da BR-392 foram consideradas boas (Foto: Jô Folha - DP)

A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) lançou a 22ª edição da sua pesquisa de rodovias. A nível nacional, os problemas foram majoritários: 57% dos trechos dos 107.161 quilômetros avaliados foram considerados regulares, ruins ou péssimos. Na região, embora a maioria das BRs tenha avaliação positiva, algumas ainda apresentam estado de conservação ruim e receberam críticas dos usuários.

A CNT não é clara na especificação dos trechos avaliados. As rodovias que passam por Pelotas, como as BRs-392, 116 e 293, possuem boa avaliação pelo índice. Na contramão do bom resultado, a RST-471, que liga Canguçu ao centro do estado, possui diversos problemas e, por isso, foi avaliada como ruim. A BR-153, em Bagé, também é considerada ruim ou regular, enquanto o trecho da BR-101, que corta a Zona Sul do Estado, foi avaliado como regular.

Na avaliação de usuários como o caminhoneiro Rodrigo Ribeiro, que trabalha na estrada há 21 dos seus 43 anos, o estado da Zona Sul é precário. Ele lamenta a falta de sinalização em buracos, em especial na BR-293. Por outro lado, apesar da BR-116 estar em obras, ele a considera boa, já que há sinalização o suficiente e trecho utilizável. Assim como ele, o riograndino Jean da Silva, caminhoneiro há nove anos, lamenta que "crateras" surjam de surpresa nas rodovias. Ele já perdeu as contas de quantos acidentes presenciou em serviço e seu relato vai ao encontro do que aponta a pesquisa, que ressalta os trechos da RST-471 e da BR-153 como os piores.

No Estado
O Rio Grande do Sul teve apenas 4,7% dos trechos de rodovia considerados ótimos, mas as avaliações de péssimo também foram baixas: 2,9%. Os números mais expressivos ficaram entre bom (40,6%), regular (37,7%) e ruim (14,1%). Foram avaliados 8.855 quilômetros em território gaúcho, sendo 1.473 de concessões e 7.382 de rodovias públicas.